Poucos dias após a Justiça reiterar o pedido de explicações sobre o funcionamento do semáforo existente no cruzamento da Avenida Salgado Filho com a rua Guia Lopes, local da morte de Matheus Frota da Rocha, de 27 anos, Energisa e Agetran (Agência Municipal de Trânsito) afirmaram que o sinal semafórico não apresentava problemas.

O acidente foi causado pelo colombiano Carlos Hugo Naranjo Alvarez, 32 anos. Hugo foi preso no dia 28 de fevereiro e virou réu por homicídio com dolo eventual, quando assume o risco de matar.

No ofício encaminhado às autoridades judiciais, a concessionária de energia explicou que fez uma pesquisa nos sistemas entre o dia 27 de fevereiro, dia do acidente, até o dia 1° de março, não encontrando nenhuma intercorrência na rede de energia elétrica.

Ainda no documento, a Energisa afirma que encaminhou um relatório completo mostrando a operação nos dias pedidos para averiguação. "Ficamos à inteira disposição para o que se fizer necessário", declarou em trecho do documento.

A resposta é semelhante ao protocolado pela Agetran. No documento, a fiscalização apontou que fez levantamento dos relatórios diários dos serviços executados, feitos pelas equipes de manutenção de semáforo, e destacou que "não foram recebidas comunicação de ocorrências de defeito, tão pouco execução de serviços no semáforo".

O levantamento foi feito após a defesa do colombiano pedir para ser realizada a perícia, já que houve a alegação de que os semáforos não estariam funcionando no momento do acidente, na madrugada do dia 28 de fevereiro deste ano.

A perícia foi realizada e o laudo foi anexado no processo e como resposta após o pedido de averiguação sobre o funcionamento do equipamento, a perícia constatou "da sinalização semafórica: a interseção em tela encontra-se regulada por sinalização semafórica que se encontrava normalmente operante no momento dos exames", diz trecho do documento.

A perícia ainda confirmou a existência de câmeras de segurança no local que poderão responder ao questionamento sobre o momento exato da colisão que vitimou o motociclista.