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Polícia

Sindicato encontra rachaduras, vazamentos e até 'piscina para mosquitos' em delegacias

Até delegacias que passaram por reforma recente estão recheadas de rachaduras; apenas um ambiente estava bem conservado

16 setembro 2020 - 17h00Por Dany Nascimento

Tony Messias Lopes Medeiros, presidente em exercício do Sinpol MS, e Pablo Rodrigo Pael, Diretor de Assuntos Trabalhistas, estiveram em Ponta Porã nos dias 10 e 11 de setembro e  percorreram algumas unidades policiais com objetivo de conversar assuntos de interesse da categoria, estreitar os laços de relacionamento com a equipe local, bem como checar in loco as condições de trabalho dos policiais.

Os dois destacam que encontraram estrutura precária nas delegacias do interior. Na 1ª DP, que acabou de ser reformada, a estrutura está rachada e, nos dias de chuva, a cela fica alagada comprometendo a integridade tanto de policiais quanto de detentos.

“É um prédio que não poderia estar na situação em que se encontra e, por isso, nos comprometemos a oficiar o Judiciário para interditar a cela e acionar a empresa que fez o serviço para corrigir o trabalho. Quem sai perdendo com isso é a sociedade. Um dinheiro que poderia ser investido para melhorar as condições de trabalho para nosso efetivo”, disse Tony.

No prédio da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Ponta Porã, a situação é ainda pior. “O prédio está precário, com várias rachaduras. Encontramos uma piscina sem qualquer manutenção, em um momento importante onde ocorre outra pandemia, a da dengue”, lamenta Pablo.

Ele lembra que, só no município, ocorreram 2.774 casos confirmados da doença, conforme o Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde do início deste mês. Por lá, a conta de água também demonstra os problemas na estrutura: foram pagos R$ 7 mil por conta de vazamentos, “por pura falta de manutenção. E não são casos isolados em ambas as delegacias: eles ocorrem todo mês, o que é mais grave”, afirma.

“Também vamos oficiar o Estado e garantir que nossos policiais civis tenham condições de trabalho dignas e que não haja desperdício financeiro aos cofres públicos em um momento tão importante da economia”, explica Tony.

Maracaju

Na cidade de Maracaju, a visita de cortesia mostrou outro cenário, afirmam os diretores. “Por lá, uma união do Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal Regional do Trabalho e da sociedade civil organizada – por meio de empresários e do conselho comunitário – reformaram a unidade da cidade e tivemos a grata surpresa de encontrar uma estrutura excelente, ambiente de trabalho muito bom e o resultado pode ser constatado no índice de elucidação de crimes: 97%, percentual compatível com cidades europeias”, elogia Pablo.

“Isso só mostra que, onde há investimento e presença tanto do Governo quanto da sociedade e outros órgãos, garantindo condições de trabalho para nosso policial, ele corresponde, já que a qualidade técnica dos nossos profissionais é compatível com os melhores padrões internacionais”, afirma Tony.