O diretor presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul), Ailton Stropa, confirmou que é um dos investigados pela Operação Girve, mas negou qualquer irregularidade. Stropa também disse que sua permanência no cargo depende da avaliação do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB). ”Administro a Agepen com muita responsabilidade. O governador tem que analisar se valeu a pena os meus esforços”, afirmou.

Ailton Stropa disse que os agentes policiais realizaram busca e apreensão em suas duas residências em Campo Grande e Dourados, além de seu gabinete na Agepen, mas afirmou que nenhum documento foi levado de sua casa. Ele reiterou que a Agepen está disposta a cooperar com as investigações. “Não há nada ilegal. E qualquer problema envolvendo a instituição será esclarecido. Se houver algum servidor envolvido, será punido. O governador Reinaldo Azambuja e o secretário de Segurança, Barbosinha, defendem a transparência e honestidade dos servidores”, disse.

O diretor presidente da Agepen reiterou que está à disposição do governador Azambuja para que decida sobre a sua permanência no cargo. Ressaltou que realizou um trabalho “de vida” à frente da Agepen. Stropa explicou que antes  da Operação do Gaeco, já havia solicitado abertura de sindicâncias sobre denúncias de supostas irregularidades de servidores da Agência Penitenciária.   

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, requeridos pelo Gaeco em investigação que apura a prática dos crimes de peculato, falsidade documental e corrupção envolvendo alguns diretores da Agepen.

Foram alvos de busca e apreensão os titulares da Presidência da Agepen, da Diretoria de Assistência Penitenciária (DAP), da chefia da Divisão de Estabelecimentos Penais (DEP), da Diretoria de Operações (DOP) e a Chefia de Divisão de Trabalho.

Os celulares de todos os alvos foram apreendidos e no interior da residência de um dos diretores foram encontrados noventa mil reais em dinheiro.

Os mandados foram cumpridos nas residências dos diretores investigados, localizadas nas cidades de Aquidauana, Dourados e Campo Grande, além dos respectivos locais de trabalho localizados na sede da Agepen em Campo Grande.