A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) deferiu, por unanimidade, o pedido de Extradiçãodo equatoriano Gabriel Eduardo Gonzalez Moya, de 39 anos, acusado de assassinar a enteada de oito anos no Equador. Ele fugiu para o Brasil após o crime e estava em Corumbá, cidade do interior a 423 km de Campo Grande.
A solicitação foi apresentada pelo governo do Equador, onde aconteceu o crime no ano passado. A decisão se deu em sessão virtual finalizada em 1 de julho.
Conforme o Diário Corumbaense, Gabriel Eduardo Gonzalez Moya, foi preso no dia 11 de novembro do ano passado em Corumbá, depois que Leticia Amanda Pombar Baralarezo, de 36 anos, mãe da menina morta no Equador, o denunciou. Ela entregou a uma atendente de agência bancária um bilhete com o seu nome e os dizeres: “estoy em peligro” (estou em perigo).
Leticia contou rapidamente à bancária que o homem teria matado a filha dela no Equador e a teria sequestrado e trazido para o Brasil junto com o filho dele, de nove anos de idade. Ela chegou a mostrar algumas fotos que pareciam ser notícias sobre o crime.
A funcionária do banco repassou as informações a um delegado da Polícia Civil, que, em diligências, confirmou que Gabriel Moya é suspeito pela morte da enteada.
A partir daí, as Polícias Civil e Federal e autoridades equatorianas passaram a trabalhar em conjunto, e Gabriel foi preso em flagrante por violência doméstica. Mas, durante a investigação, os policiais confirmaram que, além dele, o nome de Leticia Amanda constava na difusão vermelha da Interpol (lista com ordens para prisões internacionais), após ter sido constatado que ela também é suspeita de envolvimento na morte da própria filha.
Policiais federais cumpriram no dia 13 de novembro a ordem de prisão da equatoriana, expedida pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, após pedido feito pelo Escritório da Interpol no Brasil. Mandado de prisão contra Gabriel, que já estava detido, também foi cumprido.
Letícia permanece presa no Estabelecimento Penal Feminino de Corumbá. O menino, filho de Gabriel, na época da prisão dele, ficou sob os cuidados do Conselho Tutelar.
O acusado ficou preso preventivamente no Estabelecimento Penal de Corumbá de novembro de 2021 a 31 de janeiro de 2022. Depois, foi transferido para a Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, em Campo Grande, onde permanece.