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Polícia

24/10/2018 07:40

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Torcedores da Ponte pegam 19 anos por morte de adversário

Advogado de três dos quatro réus disse que vai recorrer da decisão. Eles poderão esperar o recurso em liberdade

Quatro torcedores da Ponte Preta foram condenados a 19 anos de prisão em regime fechado pela morte de Anderson Ferreira.

O rapaz de 28 anos era torcedor do Guarani e foi morto em uma briga envolvendo as torcidas após uma rodada dupla de jogos das categorias de base em 2012. A briga ocorreu nas proximidades do Estádio Brinco de Ouro.

O irmão da vítima disse acreditar que a decisão dos jurados foi justa. "A justiça foi feita! Tarda, mas não falha", disse Tiago Ferreira.

Os quatro réus condenados poderão recorrer em liberdade. A defesa de três dos réus confirmou que eles vão recorrer da decisão.

Foram condenados Rodrigo de Aguiar Lopes, Jesserson Nery da Silva, Paulo Henrique de Souza Pires Sigoli e Valdir Bajano Junior. Cléber Ruy Salerno, advogado de defesa de Aguiar, Júnior e Silva disse que não existem provas no processo que provem a participação dos condenados na morte.

"Não existem provas nos autos que foram essas pessoas que teriam matado. Nós não estamos dizendo que não houve homicídio. Nós estamos afirmando que não foram essas pessoas condenadas hoje, as pessoas que efetivamente praticaram este crime e matram o jovem ", disse o defensor.

O júri popular durou 14 horas e terminou na madrugada desta quarta-feira (24). Ao todo foram ouvidas cinco testemunhas. Duas de acusação e três de defesa. Os réus também falaram sobre o dia do crime.

"A sociedade não aguenta mais esta violência exacerbada por parte de pessoas, que fingem ser torcedores. Na verdade, estão ali só para vandalizar, matar, ferir. E mais uma vez, Campinas, por meio de seus jurados, deu uma resposta, e eles foram condenados por homicídio triplamente qualificado", disse o promotor Luís Buratto.

Segundo julgamento

O julgamento de outros três torcedores está agendado para o dia 13 de novembro. Na época do crime, um adolescente também foi detido por participação no crime.

Segundo a família da vítima, ele cumpriu um período na Fundação Casa, mas depois foi liberado.

A morte

Depois de dois dérbis entre equipes da Ponte Preta e Guarani das categorias de base, no estádio Brinco de Ouro, torcedores da Macaca foram escoltados pela polícia até o estádio Moisés Lucarelli, mas um grupo retornou para a região do Brinco e teve início uma confusão.

O torcedor bugrino Anderson Ferreira, de 28 anos, foi agredido com pedras e barras de ferro. Ele ficou internado no Hospital Mário Gatti, mas teve morte cerebral três dias depois.

 

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