Diego Cardoso Roberto, 32 anos, foi confundido com um membro de uma quadrilha especializada em roubos a condomínios e acusa policiais civis de tortura, em Campo Grande.
Segundo familiares, tudo teria acontecido por conta do carro que Diego usa ser confundido com o da quadrilha. Mas, ainda de acordo com o denunciante, a vítima estava curtindo um churrasco em família quando o roubo ao condomínio teria acontecido.
O rapaz afirma ter sido torturado por pelo menos três horas, quando pediam para ele entregar os outros membros, mas não sabia porque estava passando por aquela situação.
Diego é motorista de aplicativo durante o dia e entregador no período noturno, não tendo passagens pela polícia.
Após o episódio, Diego e seu primo foram até o Ministério Público protocolar uma denúncia, procuraram um advogado para entrar com um processo e chegaram a ir à Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
Conforme o primo, a vítima teria desmaiado por três vezes, além de ficar com vários hematomas, não conseguir trabalhar nos demais dias e ficar com o psicológico bastante abalado após a suposta sessão de tortura. A vítima também fez exame do corpo de delito no IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) na última sexta-feira (29).
No termo assinado no Ministério Público, a vítima alegou que foi agredida verbalmente e fisicamente, recebendo tapa na cara, bicuda e chutes nas costas, enforcado e que também o agrediram com uma mangueira na sola do pé, além de sufocado até que ficasse desacordado.
Um boletim de ocorrência contra Diego também foi registrado por investigadores, alegando resistência e desacato. O caso teria acontecido na Derf (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos).
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil questionando os procedimentos e aguarda a resposta.