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Polícia

24/09/2015 16:11

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Usuário de drogas é encontrado morto na 'cracolândia' da Vila Progresso

Um usuário de drogas foi encontrado morto, na tarde de hoje (24), na rua Simon Bolivar na Vila Progresso. Ele usava cadeiras de rodas e foi identificado como Kleber dos Anjos de Oliveira, 46 anos. Deixou um sobrinho, uma prima e dois irmãos que moram nas ruas da região, mais conhecida como 'cracolândia' de Campo Grande.

A causa da morte está sendo investigado pela polícia. Um sobrinho dele, que esteve no local e preferiu não se identificar, disse que, na sexta-feira (18), levou a vítima para fazer tratamento no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas. Ele fugiu do local onde ficou apenas dois dias. Essa foi a oitava vez que a família tentou interná-lo em clinica de reabilitação.  

 

Foto: André de Abreu 

“Fui no domingo levar comida e frutas e a assistente social disse que ele não estava mais. Ele nunca quis ajuda da família, que fica em cima, levando comida e querendo resgatar. Não e só ele que está aqui. São mais quatro pessoas da mesma família. Uma prima, um sobrinho e dois irmãos moram aqui nessa rua, nessa situação. A droga é triste. Um foi puxando o outro. Eu mesmo fui dependente químico e hoje sou diferente. Tenho minha família, casa, carro e amigos. Tenho uma oficina e tenho sete funcionários. A pessoa só muda quando quer”, afirmou o irmão.

Kleber chegou a levar um disparo de arma de fogo na região da espinha dorsal na Vila Progresso, devido à um acerto de contas, e ficou paraplégico. Ele usava cadeiras de rodas. Há um mês os usuários de drogas disseram que uma garota de aproximadamente 25 anos também foi encontrada morta e os indícios que a morte foi ocasionada por overdose.

O mecânico Laelton Laestro, 39 anos, disse que conhece a luta da família do Kleber. “Ele tinha apelido de lobinho. Eu era criança e ele já tinha vícios. Vivia aqui na rua. E triste. Eles não querem ajuda. Usam pasta base e outras drogas na nossa frente. A luz do dia e sem receios. Ficam o dia todo andando. Sem sentido na vida”.

 

Foto: André de Abreu 

Aldo Rodrigues, 25 anos, disse que usa drogas há mais de 10 anos e recentemente estava internado em uma clinica de reabilitação. “Não aguentei ficar na clénica. Lá tem regras. Acordava cedo e é duro. Eu quero se livrar mas não consigo. Fico triste quando vejo um amigo morrendo na mesma situação que o Kleber. Tenho que ser forte mas a droga e mais forte que a gente. É algo inexplicável".

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