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Política

14/02/2014 10:08

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Adversários do PMDB definem candidatura de André

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O governador André Puccinelli ainda não bateu o martelo na questão das definições das candidaturas peemedebistas e sequer definiu seu próprio futuro político, se continua o grande Cacique ou abandona os palanques e assume a posição de Pajé. Em que pese algumas derrotas, tem sido o grande orientador do partido desde que assumiu a prefeitura pela primeira vez na eleição de 1996 quando ele e Zeca do PT iniciaram a campanha com menos de 3% das intenções de voto e foram para o segundo turno. Eleição decidida por 411 votos e muitas acusações de irregularidades.

Nelsinho Trad, que o sucedeu no comando da Capital, talvez tenha sido a grande e amarga derrota, ainda não digerida. A família Trad, hoje composta pelo deputado federal Fábio Trad, deputado estadual Marquinhos Trad, vereador Otávio Trad, e ex-prefeito e pré-candidato do partido ao governo do Estado, Nelsinho Trad, parece ser a única força não anulada por André e que apresenta reais condições de assumir o cacicado  peemedebista.

O governador não assume ou apoia a candidatura Nelsinho. Tentou Simone Tebet, numa complicada arquitetura que a fez deixar a prefeitura de Três Lagoas, assumir a vice-governadoria, ameaçar candidatura a prefeita da Capital - inclusive com a transferência de domicílio. Simone é o nome que restou da terra devastada que ficou atrás de sua trajetória. Impediu o nascimento de lideranças e Simone carrega a força do sobrenome e a docilidade de acatar "sugestões".

Adeus ao governo

 

Nelsinho está conseguindo articular sua candidatura, impingindo mais uma derrota ao governador e tenta articular apoios tendo para oferecer aos apoiadores a vice-governadoria e até o apoio ao Senado. Simone não consegue emplacar. No entanto, Nelsinho parece não ter fôlego para vencer o senador Delcídio do Amaral (PT) nesta corrida. O PMDB, então, vê cada vez mais distante sua cadeira  no Senado e o poder executivo do estado.

O complicador

 

Reinaldo Azambuja (PSDB) assume o papel da "noiva pretendida". Ninguém acredita que o deputado federal troque o certo pelo duvidoso. Na disputa ao senado, coligado ou não, deve levar; se as articulações desandarem ou houver um crescimento peemedebista que roube votos a ponto de colocar em risco a candidatura Delcídio, pode sim se aventurar a disputar o governo. Muito dessa definição está ligada ao comando nacional tucano, afinal para onde se olhe, Delcídio ou Nelsinho, PT ou PMDB, implica em "estar junto" no estado, aos adversários a serem derrotados nacionalmente.

André Puccinelli

 

André acredita ser imbatível caso se candidate a governador, e ninguém pode hoje, em sã consciência, desacreditar. Mas André conseguirá, com seu estilo centralizador, ser um bom senador? É a questão. Não teve uma grande atuação como deputado, não tem perfil legislativo, mas André  é o nome que pode conseguir manter o PMDB, dar o fôlego que o partido necessita para manter prefeituras e câmaras pelos estado afora.

No seu jogo de desconversar, quem definitivamente iria pendurar as chuteiras hoje fala que a família e o povo decidirão pela sua permanência ou não em cargos eletivos. A pressão dos aliados é grande, Dilma precisa dos votos que André irá conquistar, Nelsinho sonha com isso -  única forma de conquistar algum apoio verbal para sua própria candidatura -, os candidatos à Câmara Federal e à Assembleia, também.

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