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Política

Advogados 'correm contra o tempo' para libertar presos em Força-Tarefa

12 novembro 2015 - 18h29Por Dany Nascimento

Os advogados dos investigados pela Força-Tarefa do MPE (Ministério Público Estadual) 'correm contra o tempo' para conseguir a liberdade das nove pessoas que foram presas na última terça-feira (10). Os mandados de prisão, expedidos pela 29ª Promotoria de Justiça de Mato Grosso do Sul, têm validade de cinco dias que podem ser prorrogados por mais cinco.

Entre os presos está o ex-secretário do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, e a ex-presidente da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Maria Wilma Casanova Rosa. Eles conseguiram um Habeas Corpus antes mesmo das primeiras 24 horas de prisão, mas o documento foi revogado pelo desembargador Dorival Moreira dos Santos ontem (12), fazendo com que 'os parceiros voltassem para atrás das grades".

Diante disso, o advogado de Giroto e Wilma, Valeriano Fontoura esteve por várias vezes na sede do Garras, onde seus clientes estão presos e afirmou ao Top Mídia News que já havia enviado uma petição para o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), enquanto seus clientes estavam em liberdade, pedindo para que ambos fossem ouvidos pelo MPE.

"Eu já havia enviado um pedido, mas o juiz não despachou. Agora estou me deslocando para o Tribunal de Justiça para que eles sejam ouvidos o mais rápido possível, porque eles não se negam a prestar depoimento e a prisão foi decretada para que eles fossem ouvidos. Espero que eles sejam ouvidos no mais tardar amanhã", diz o advogado. 

Assim como Fontoura, o advogado do empresário João Amorim, principal alvo da Operação Lama Asfáltica, Benedito de Figueiredo pretende providenciar a defesa de seu cliente, mas evita qualquer contato com a imprensa. Ele evita divulgar detalhes sobre o depoimento que Amorim prestou hoje no MPE.

"Eu não vou dar nenhum detalhe sobre esse processo porque é algo sigiloso, agradeço a colaboração mas não posso falar nada, nem sobre quanto tempo durou o depoimento dele", disse o advogado.

Além de Amorim, o ex-prefeito de Paranaíba, Wilson Roberto Mariano de Oliveira, mais conhecido como ‘Beto Mariano’ também foi ouvido hoje no MPE, já que possivelmente  teria negociado fraudes em medições e influenciado obras públicas estaduais para beneficiar autoridades sul-mato-grossenses.

A assessoria de imprensa do TJMS informou que nenhuma informação pode ser repassada para a imprensa, levando em consideração que o processo corre sob sigilo. De acordo com a assessoria, nem mesmo o tempo de depoimento de Amorim de Beto Mariano podem ser divulgados.

Também estão detidos Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Elza Cristina Araújo dos Santos, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi e Wilson Cabral Tavares. Eles devem prestar esclarecimentos sobre o contrato firmado com a empresa Proteco para “recuperação da estrutura da faixa de rolamento da rodovia MS-228, com aplicação de revestimento primário e implantação de dispositivos de drenagens, numa extensão de 42 km – Local: Rodovia MS-228, entre Km 35,0 e Km 77,0, no município de Corumbá".