Enfrentando uma crise política sem precedentes, a prefeita de Campo Grande Adriane Lopes (PP) tenta descobrir um bode expiatório para os próprios problemas e parece ter escolhido um alvo: a própria secretária de Fazenda, Márcia Helena Hokama. Articulação interna explícita mostra que aliados da chefe do Executivo estão trabalhando com claro propósito de ‘queimar’ a responsável pelas finanças da administração, colocando como se ela não recebesse ordens diretamente da prefeita.
Como apurado pela reportagem, Márcia, que oficialmente está de licença médica por motivos médicos, já inclusive colocou o cargo à disposição e está com a carta de demissão na mesa de Adriane, que se recusa a assinar o pedido. Ao mesmo tempo, a prefeita está usando todos os meios possíveis para colocar a crise municipal na ‘conta’ da secretária de Fazenda.
Aliados de Adriane falam publicamente que, por exemplo, as empresas de tapa-buracos não teriam sido pagas por ordem da secretária, que, sabidamente, obedece diretamente justamente à prefeita.
O objetivo é claro: Adriane tenta criar uma cortina de fumaça para esconder os problemas que a própria administração e suas escolhas políticas, e do marido, e deputado estadual, Lídio Lopes, criaram. Agora, coloca na secretária de Fazenda, sua subordinada, um bode expiatório de fácil escolha.
Assim, usando aliados e aparato midiático pago, tenta impor uma narrativa de que sua subordinada ‘desobediente’ criou o caos em Campo Grande.
Porém, como visto pelas vaias nas Moreninhas, a narrativa está longe de estar funcionando com a população de Campo Grande.







