O ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, foi reconduzido ao cargo de vice-presidente nacional do Partido Progressista, acompanhando a chapa do senador Ciro Nogueira (PP-PI) que continuará na presidência da sigla por mais dois anos. Além dele, compõem a Executivo os vereadores Cazuza e Evander Vendramini.
“Teve a convenção nacional na terça-feira (14) e, nessa oportunidade, nós fomos reconduzidos à Executiva nacional ocupando a vice-presidência, inclusive com a orientação de tomar todas as medidas necessárias para o fortalecimento do partido no nosso Estado”, explica.
De acordo com o Alcides Bernal, a abertura de inquérito para investigar a conduta de parlamentares do partido citados na Operação Lava Jato vai exigir um trabalho mais intenso nos municípios visando às eleições de 2016, mas a legenda quer dar oportunidade aos filiados explicarem suas ações.
“As investigações ocorrendo em Brasília, com nome de deputados e senadores requer uma ação do partido em cima do estatuto e aquilo que ele defende. Não temos compromissos com coisa errada, mas queremos dar oportunidade àqueles citados possam se defender. Se ficar comprovado o partido não vai blindar quem faz coisa errada”, garante.
Nesse projeto, o PP planeja lançar candidatura própria ou candidato a vice nos principais municípios como em Dourados, com a vereadora Virgínia Magrini, e em Corumbá, com Evander Vendramini que também concorreu ao governo do Estado nas últimas eleições. Bernal não descarta disputar na Capital, mas afirma que ainda não há nada definido.
“É logico que nos não podemos deixar de reconhecer a possibilidade, mas isso não é nossa prioridade. O que nos queremos aqui em Campo Grande é que esses corruptos que estão na prefeitura, denunciados pelo Gaeco, sejam retirados de lá para que possamos cumprir o mandato que foi estabelecido pela população”, alfineta.
O ex-prefeito ainda destaca que o atual chefe do Executivo, Gilmar Olarte (PP), recebeu seis denúncias pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e recorda que o processo em andamento no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) também investiga o suposto envolvimento de vereadores no processo que levou à sua cassação.
“Vamos lançar chapa pura para os vereadores em todos os municípios, mas quero deixar claro que o Gilmar Olarte não disputará a eleição pelo Partido Progressista. Ele foi expulso do partido por desrespeitar a ética partidária e praticou crimes para assumir a prefeitura, desrespeitando a população que votou no número 11”, criticou.