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Política

24/09/2015 07:00

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Amorim diz ao Gaeco que ‘torceu’ e ‘tinha interesse’ em queda de Bernal

João Alberto Krampe Amorim dos Santos, o megaempresário pivô de um dos maiores escândalos políticos da história de Mato Grosso do Sul, confessou que ‘torceu’ e tinha ‘interesse’ na saída de Alcides Bernal, do PP, do cargo de prefeito de Campo Grande. Ele, porém, nega qualquer envolvimento na cassação feita em março de 2014. As informações constam em depoimento dado ao Gaeco (Grupo de Atuação e Repressão ao Crime Organizado) no dia 25 de agosto, conforme documento obtido pelo Top Mídia News.


Ao promotor Marcos Alex Vera, coordenador do Gaeco, Amorim negou qualquer tipo de influência ou atuação para derrubar Bernal. Ele foi ouvido nas investigações da Operação Coffee Break, que apura eventual compra de votos de parlamentares para derrubar o prefeito.


No depoimento, Amorim afirma que é dono da Proteco, e que tinha ‘de três a quatro contratos’ com a Prefeitura de Campo Grande, com valor global estimado de R$ 10 milhões, todos iniciados entre 2011 e 2012, na gestão de Nelsinho Trad, hoje PTB e na época no PMDB.


Nas eleições 2012, o empresário confirmou que declarou apoio a Edson Giroto, derrotado por Alcides Bernal nas urnas. Mas disse não se lembrar se doou ou não para a campanha de Giroto.


Logo que entrou na gestão, Bernal cancelou de 2 a 3 contratos da Proteco para pavimentar o centro da Capital e suspendeu o restante, isso conforme as palavras de João Amorim. O megaempresário disse que chegou a se encontrar com Bernal uma vez, mas ‘não adotou’ medidas para retomar os contratos.


Ele nega qualquer conversa ou influência pela derrubada do prefeito. “Torci como cidadão para que isso acontecesse”, admite. Ainda no depoimento diz: ‘eu tinha interesse que Bernal fosse cassado, já que ele não era um bom prefeito’.


O pivô da Lama Asfáltica confirma que trocou ligações com Mario Cesar, vereador e presidente da Câmara Municipal afastado pela Justiça, mas ‘apenas em busca de informações’.


Ele lembra que é sogro de Luciano Dolzan, sócio da CG Solurb, que estaria tomando calote do município. A Polícia Federal e o próprio Mario Cesar apontam que João Amorim é o verdadeiro dono da empresa. Leia mais aqui.


Amorim ainda revelou que é amigo pessoal de João Baird, outro envolvido na Lama Asfáltica, e que são sócios da aeronave Phenom 100, JJB. A PF diz que a aeronave era constantemente usada por políticos, inclusive Gilmar Olarte.


João Amorim se negou a responder qualquer pergunta sobre os áudios captados pela Polícia Federal na Lama Asfáltica. Ele afirmou que só se manifesta sobre o tema após análise dos advogados que contratou.

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