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Política

14/11/2015 17:35

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Após Coffee Break, vereadores desistem de investigações contra Bernal

Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande devem deixar para Justiça de Mato Grosso do Sul resolver qualquer denúncia relacionada ao mandato anterior do prefeito Alcides Bernal, do PP. Após a crise política desencadeada pela cassação, os parlamentares evitam dar qualquer declaração quando o assunto se trata de 'impeachment' ou afastamento de membro do Executivo.

A cautela é justificável, já que o afastamento de Bernal, em março de 2014, desencadeou a Operação Coffee Break, que investiga a compra de votos de vereadores. A repercussão das investigações foi tanta que o presidente da Câmara Municipal na época, Mario Cesar, do PMDB, acabou afastado das suas atividades parlamentares e briga na Justiça para retornar. Diversos celulares foram apreendidos e todos os envolvidos precisaram prestar depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Todos são categóricos ao afirmar que a Casa já fez o seu papel e que cabe à Justiça determinar o caminho, mas o vereador Airton Saraiva, do DEM, ameniza a situação e garante que 'ninguém desafiou ninguém', após Alcides Bernal ter declarado à imprensa que os vereadores estavam livres para nova cassação. "A Câmara se valorizou muito após tudo o que aconteceu e tem se fortalecido a cada dia", rebateu.

Chiquinho Telles, do PSD, também não acredita que a Câmara Municipal abra um novo processo de cassação contra Bernal. "Não tem como a gente cassar um prefeito pelos mesmos motivos. Tudo que aconteceu foi com base na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Calote", aponta.

Paulo Siufi, do PMDB, tece críticas ao prefeito com base na declaração do MPF (Ministério Público Federal), que chegou a bloquear os bens do progressista por suspeitas de desvios de recursos do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), porém aguarda decisão judicial. "A conclusão de lá foi a mesma da CPI do Calote e continua na mesmice", finalizou.

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