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Política

há 8 anos

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Após negar filiação a homossexual, PR municipal sofre 'limpa' e expulsões

Após suposto ato de homofobia no PR de Amambai, acusado de negar filiação a um homossexual, a direção estadual da sigla optou por fazer um 'limpa' no diretório municipal da cidade, que gerou a saída de integrantes.

O caso foi denunciado pela deputada estadual Grazielle Machado (PR), que informou a não filiação do vereador professor Ailton por ele ser homossexual. Diante do ocorrido, o presidente estadual do partido, Londres Machado (PR) providenciou a saída de Dirceu Lanzarini e dos vereadores que colaboraram com a atitude preconceituosa.

A deputada destaca que recebeu o aval de Londres para convidar o professor para ser pré-candidato a prefeito pela sigla em Amambai e que foi surpreendida com a atitude preconceituosa. "Eu conversei com o presidente Londres Machado e com o deputado Paulo Corrêa, que também defendem que seria muito bom para o partido ter um candidato forte em Amambai e acabei sendo surpreendida com essa decisão preconceituosa".

Grazielle diz que outras atitudes preconceituosas aconteceram, mas optou por deixar no anonimato, já que houve o desligamento dos membros. "O Dirceu Lanzarini e uma comitiva de vereadores fizeram isso e outras coisas que eu prefeito não falar. Eu me senti constrangida diante do acontecido".

Após o ocorrido, a parlamentar ressalta que foi até o vereador se desculpar e pediu que o presidente regional tomasse providências para que Ailton fosse filiado ainda nesta semana. "Eu pedi perdão pro Ailton pelo acontecido, ele é  uma pessoa muito querida, eu faço parte desta sigla partidária há muitos anos, fiquei muito decepcionada e nunca vi esse tipo de coisa acontecer. Mas o presidente já tomou providências e logo terei uma resposta se deu certo a filiação dele ou não".

Caso não ocorra a filiação de Ailton, a deputada garante que o vereador terá o apoio dos membros do PR. Ao falar da religião que segue, a deputada afirma que respeita o próximo e que acredita que a bíblia sagrada, vale para sua vida pessoal e não para fazer julgamento alheio.

 "Não é porque eu sou evangélica que meus pensamentos devem desrespeitar o próximo, eu tenho sim que respeitar todas as pessoas. Se eu criticar um homossexual seria a mesma coisa que dizer que eu não preciso do voto dele, e na verdade não é isso. Os políticos tem que aprender isso, aprender a respeitar o próximo para conseguir ser respeitado", finaliza Grazielle.

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