Os senadores Nelsinho Trad, PSD e Soraya Thronicke, União Brasil, reforçam que ainda vão avaliar o texto do projeto, que permite deixar o futuro programa Bolsa Família, fora do teto de gastos. A ausência das assinaturas dos dois parlamentares, nesta terça-feira (29), teve grande repercussão. 

Soraya nega que votou contra o principal programa de transferência de renda, que ainda é chamado de Auxílio Brasil, mas que a partir de 2023, voltará a ser Bolsa Família, em razão do novo governo Lula. 

Thronicke explicou que o relator da proposta estava apenas colhendo as assinaturas necessárias, para que o texto pudesse tramitar na Casa. 

''Assim que conseguiu a quantidade necessária, não precisa colher outras assinaturas'', diz Soraya. Sendo assim, a parlamentar reforça que não votou contra ou a favor e que agora é que irá analisar o texto e decidir o que é melhor para as pessoas que necessitam dos valores e para o País. 

Nelsinho 

Já Nelsinho, observou que participa de uma reunião com senadores do PSD, marcada para às 14h desta quarta-feira (30). O encontro, inclusive, foi a pedido dele e vai servir para avaliar o tema. Ele garante que não votou contra nem a favor e que irá avaliar o tema com muito cuidado. 

"Sou a favor de tudo que melhore para o povo brasileiro, desde de que os indicadores fiscais não sejam alterados para evitar a volta da inflação disparada, o aumento do dólar, do preço da gasolina e de alimentos", disse o senador Nelsinho Trad sobre a transição do Governo Federal. 

Única

Dos três senadores, somente Simone Tebet, do MDB, teve a assinatura a favor da tramitação registrada. Ela, que é aliada do presidente eleito Lula, é cotada para assumir o Ministério do Desenvolvimento Social, pasta que gerencia o Bolsa Família. 

O que é a PEC do Bolsa Família

O texto prevê deixar de fora do teto de gastos, o montante a ser gasto com o Bolsa Família, nos próximos anos, além de outras despesas. O valor estimado, para manter o auxílio, que hoje é de R$ 600, é de R$ 175 bilhões. 

O Governo de Transição tem pressa, já que faltam poucos dias para encerrar o prazo para votação. O texto precisa ser votado em dois turnos, na Câmara e Senado, para promulgação. 

Outro detalhe é que o governo eleito pretende cumprir promessa de campanha, em deixar o valor do Bolsa em R$ 600. Equipe do Governo de Transição alega que o governo Bolsonaro deixou previsão orçamentária que permite somente cerca de R$ 400 para o programa.