O vereador Ayrton Araújo (PT), reeleito nas eleições deste ano na Câmara Municipal, já planeja as primeiras ações. Para o próximo mandato, Araújo defende um mandato mais próximo da população, norteado pelas demandas dos cidadãos da Capital e também é a favor de uma relação republicana com o poder executivo. Em seu primeiro mandato, Ayrton foi autor de 2,6 mil indicações e 28 projetos de leis que foram aprovados e sancionados.
“Se vai bem o Executivo, o Legislativo também vai bem. Para podermos tocar um mandato de qualidade, dando resposta para a sociedade de campo grande, para as pessoas que votaram e deram a confiança continuarmos vereadores em Campo Grande”, disse.
O parlamentar afirma a relação conflituosa entre o prefeito de Campo Grande Alcides Bernal e a Câmara municipal foi prejudicial para Campo grande. “Eu avalio que todo esses quatros anos que estão encerrando agora foi muito difícil. Teve um debate muito forte. Esse debate de confronto entre o Executivo e a Câmara Municipal, onde não se teve paz em nenhum momento”, destaca.
Araújo lembra que apesar de ter aprovado projetos de lei, eles não foram colocados em prática pelo executivo municipal. “Quanto parlamentar fiz a minha parte. Enviei indicações, requerimentos. Apresentei 28 projetos de lei que foram aprovados e que foram sancionados. Foram 2.654 indicações feitas em quatro anos, sem resultados positivos. Nem os projetos de lei sancionados foram colocados em prática. E as indicações foram poucas respondidas. Faltou o trabalho do executivo, do prefeito. Avalio como um aprendizado difícil. Agora estamos terminando. Campo grande perdeu muito com essa briga entre o executivo e o legislativo. O executivo acha que fez a parte dele e o legislativo também acha que fez a parte dele. E quem perdeu foi Campo Grade. Sem benfeitoria na infraestrutura. Sem médico. Falta de remédio. Falta de merenda. Falta de atendimento na assistência. Prefeitura não fez nada por campo grande nesta legislatura. Quem perdeu foram nós políticos nesses quatro anos”, avaliou o parlamentar.
O vereador destacou que essa relação tumultuosa foi um aprendizado e defende um dialogo maior entre o legislativo e executivo na próxima legislatura. “Falando no meu mandato, tive um aprendizado nessa turbulência. Acredito que vamos tirar coisas boas de Campo Grande. Apoiar um prefeito que tenha condições de trabalhar por Campo Grande. Se vai bem o executivo, o legislativo também vai bem. Para podermos tocar um mandato de qualidade. Dando resposta para nossa sociedade de campo grande, para as pessoas que votaram e deram a confiança para continuarmos vereadores em Campo Grande”, disse.
Ayrton Araújo destacou que os projetos de leis apresentados foram criados a partir das demandas da população. Também defendeu a continuação da fiscalização dos vereadores dos trabalhos do executivo. “Os projetos de lei vão ser criados conforme a necessidade. Conforme o estudo e analise do que precisa ser criado na saúde, na assistência social, na segurança. Para poder beneficiar a população. Acredito que até aqui os projetos de lei que precisou apresentar, nós apresentamos. Vamos ter que fiscalizar mais. Estar com um mandato mais vivo, ais presente. Mandato que encante a população de Campo Grande e que de resultado. Nosso mandato vai ser mais pé no chão, mais popular, mais presente para a população”, continuou.
Para o parlamentar a maior dificuldade em relação ao trabalho parlamentar foi a falta de dialogo entre io legislativo e executivo, que acabou impactando no exercício dos mandatos na Câmara. “O contato com a população nunca perdemos. Tivemos dificuldade devido a falta de dialogo com o executivo acredito que agora em 2017 vamos começar a trabalhar em um movimento mais forte. Ouvindo as pessoas. Criando projeto de leis que venham realmente da base, das pessoas que já na campanha conversaram, que tem interesse de participar do mandato. Acredito que dai vão sair coisas boas para nós. Um mandato bem vivo e bem presente”, afirmou.
Araújo lembrou que dos 29 vereadores, onze foram reeleitos e aprenderam bastante com os acontecimentos da atual legislatura. “Acredito que os onze vereadores que ficaram na Câmara aprenderam muito nesses quatro anos. Acredito que também quem já estava lá viu a dificuldade que é bater de frente com o executivo. Daqui para frente temos que estar tentando trabalhar em uma relação mais republicana. Se o prefeito quiser fazer por Campo Grande vai beneficiar os 29 vereadores. Não sei como vai ser os novos parlamentares. Temos visto alguns com um discurso mais inflamado. Que vai fazer isso. Que vai fazer aquilo. Mas não tem salvador da pátria. Não adianta entrar lá achando que é o salvador da pátria que vai mudar isso ou aquilo, achando que ele é o herói. O vereador primeiro tem que entrar. Sentar naquela cadeira. Participar e ver o que é bom para a população, o que ele quer para o mandato dele e o que a cidade precisa. Não achando que vai ser herói nas ações lá dentro. Tem pessoas que pregaram umas coisas lá fora, que agora vão ter que dar conta como vereador. Você tem que trabalhar. A roda já existe. Não temos que inventar a roda. Temos que trabalhar. Realmente ver o que a população precisa. Tocar um mandato arroz com feijão. Bem tocado. Bem focado. Fiscalizar bem as ações do executivo. Não deixar que a população perca mais quatro anos”, explicou
As Leis
Entre as leis de sua autoria, Ayrton Araújo destacou o projeto de lei que inclui o serviço de fisioterapeuta domiciliar na Rede Municipal de Saúde, mas que ainda não foi colocado em prática.
“O projeto da fisioterapia domiciliar foi aprovado e sancionado. Era apara ser implantado na rede municipal de saúde. Ele não foi regulamentado até agora. Aprovado, sancionado e não regulamentado. A lei é para atender aquelas pessoas que estão lá no bairro, distante, que não tem condição de se locomover. Primeiro que não existe carro adequado para carregar uma pessoa que precisa fazer fisioterapia. Depende de como a pessoa senta. As vezes ela não pode ser colocada em um espaço onde não cabe. A lei era para colocar um profissional das unidades básicas, um fisioterapeuta para tratar na residência dos acamados. Lá no aconchego da pessoa para poder ajudar a família a fazer pelo menos duas vezes. Ajudar aquelas pessoas que não tem condições de ir há uma clinica. Meu pai é um homem acamado. E ele ficou acamado depois da aprovação do projeto de lei. Se meu pai não tivesse dez filhos com as mínimas condições de ajudar para pagar um fisioterapeuta, ir duas vezes para fazer o trabalho que é necessário, ele não mexeria com a mão dele. Ele não conseguiria se alimentar com a própria mão. Depois que meu pai começou a ser atendido pelo fisioterapeuta, ele já fica em pé e se alimenta sozinho. Por quê os dez filhos ajudam o pai a manter o fisioterapeuta. E aquelas pessoas que não tem condições? Vão atrofiando cada dia mais. Esse projeto de lei é bem vindo a sociedade de campo Grande e vou representar no Ministério público pela aplicação da lei se o executivo não adequar ele e colocar no sistema.”, disse.