O ex-prefeito Alcides Bernal (PP) classifica a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, que negou recurso e o manteve inelegível como um desrespeito ao voto do eleitor. Por causa da decisão, ele foi impedido de assumir a vaga como deputado federal por Mato Grosso do Sul.

"Isso é um desrespeito contra o eleitor", dispara Bernal que teve 47 mil votos a frente de Bia Cavassa (PSDB), parlamentar que assumiu a vaga da ministra da Agricultura Tereza Cristina (DEM-MS).

"Podia estar exercendo o meu mandato, tive três vezes mais votos. Enquanto a candidata teve entre 16 a 17 mil votos, tive 47 mil. Mas quem perde sem dúvidas é o Mato Grosso do Sul", ressalta.

Ele continua: "graças a Deus que não retiraram o meu nome da urna, se não, não teria como provar. Vamos recorrer da decisão. Cabe recurso para isso para ser analisado pelo plenário do STF".

Complô

Bernal ainda afirmou que foi, mais uma vez, vítima e prejudicado. "Esta ação foi feita pelo MDB. Aproveitaram enquanto o Michel Temer e o [Carlos] Marun estavam no poder e articularam para que eu pudesse ser julgado dois dias antes da eleição", disparou.

"Acho que não precisa falar com relação a cassação. Ela é conhecida e pública, notória. Ganharam dinheiro e cargo e hoje são processados por corrupção ativa e passiva. Hoje tem gente até presa e processada. Tive quatro decisões favoráveis pela Justiça Eleitoral entre 2014 e 2016. No TRE/MS, no TSE, todos por unanimidade. Todas mostraram que aquele decreto [que o cassou] não servia para nada", finaliza.