Deputados bolsonaristas da Assembleia Legislativa tentam formar bloco para conquistar posições em comissões importantes da casa, mas esbarram na problemática de que alguns marcam posição na base do governo e outros prometem fazer oposição.
Para compor um bloco é necessária a integração de no mínimo quatro parlamentares. Na semana passada, ao inaugurar os trabalhos, o presidente da Casa, deputado Gerson Claro (PP), avisou aos parlamentares da importância de se organizarem para definições de blocos e comissões nesta semana.
Entre os bolsonaristas, o deputado Coronel David (PL), que perdeu na disputa avulsa pela 2ª secretaria para Pedro Kemp (PT), tenta unir os conservadores e evangélicos em bloco por questões ideológicas. Nesse grupo estariam deputados como Neno Razuk (PL), João Henrique Catan (PL), Rafael Tavares (PRTB), Roberto Hashioka (União), Lídio Lopes (Patriota) e Antônio Vaz (Republicanos).
Ele é da base do governo e tenta conquistar espaço. “A intenção é formar um bloco com deputados que tenham as mesmas bandeiras conservadoras, se possível. A partir de terça, vamos tratar disso com os deputados. Certamente que esse bloco visa também dar condições para que os deputados possam fazer parte das comissões permanentes”, disse David.
Entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, estão também aqueles que já prometem fazer oposição a Riedel. É o caso de João Henrique Catan, que já afirmou que só irá participar se puder agir de forma independente. “Caso seja um bloco independente, que me permita ser oposição e me permita caminhar com independência, garantindo as prerrogativas do parlamentar, de enfrentamento, para mim é um prazer somar”, disse o deputado.
Após a posse, Lidio Lopes (Patriota) - da base do governo - afirmou à imprensa que não tem decisão sobre blocos ou comissões. “A questão de comissões, estamos definindo. Vamos discutir os espaços de cada parlamentar nas comissões e blocos para definir.”
Os blocos formados por deputados de MS já ficaram conhecidos como G-10 e G-11 em legislaturas anteriores, quando formado por políticos de diversos partidos, mas com objetivos em comum.
As comissões permanentes, entre outras funções, são responsáveis por analisar projetos de lei e avalizá-las.
