O presidente Jair Bolsonaro se mantém calado sobre a tentativa de invasão de radicais da extrema-direita à sede administrativa da Polícia Federal em Brasília. Passadas mais de 12 horas da tentativa de invasão dos bolsonaristas radicais, o presidente continua em silêncio.
Conforme o Congresso em Foco, sem sucesso na invasão, os apoiadores do presidente quebraram e incendiaram carros de moradores da cidade estacionados ao redor. O ministro da Justiça, Anderson Torres, publicou apenas dois tuítes prometendo apurar o caso.
Após isso, a hashtag “ministro da Justiça” virou um dos assuntos mais comentados do Twitter nesta manhã, com fortes cobranças a Torres.
Coube ao seu sucessor, que ainda não assumiu, Flávio Dino, convocar uma coletiva para condenar os atentados. “Os que desejam o caos não venceram”, disse Flávio Dino. “E não vencerão”, completou.
O Congresso em Foco procurou a Secretaria de Segurança Pública do DF para saber se houve prisões, mas não houve retorno até o momento.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), só se manifestou nesta terça-feira (13), dizendo repudiar “veementemente a desordem, a violência e o risco à integridade física ou de patrimônio público e privado”. Lira, no entanto, defendeu as manifestações golpistas em frente ao quartel-general do Exército, classificadas por ele como democráticas e ordeiras.
“As manifestações fazem parte da democracia. A capital federal recebeu cidadãos de todo o Brasil que, há mais de um mês, vem se expressando de maneira ordeira. Repudio veementemente a desordem, a violência e o risco à integridade física ou de patrimônio público e privado”, escreveu o presidente da Câmara. Lira está reunido neste momento com o presidente eleito Lula para discutir o andamento da chamada PEC da Transição.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Absurdos os atos de vandalismo registrados nesta noite, em Brasília, feitos por uma minoria raivosa. A depredação de bens públicos e privados, assim como o bloqueio de vias, só servem para acirrar o cenário de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou”, escreveu Pacheco no Twitter.