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Política

Cada centavo economizado na Saúde irá para assistência da população, diz Mandetta

Segundo ele, ministério possui orçamento 'muito grande' e 'é muito fácil esquecer que R$ 1 mil é muito dinheiro'

02 janeiro 2019 - 16h24Por Redação/G1

O novo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), afirmou nesta quarta-feira (2), durante cerimônia de transmissão de cargo, que "cada centavo" economizado pela pasta ao longo de sua gestão irá para a assistência da população.

Médico e ex-secretário de Saúde de Campo Grande, Mandetta estava no segundo mandato de deputado federal e não disputou as eleições deste ano. Ele tomou posse oficialmente como ministro em cerimônia realizada logo após o novo presidente da República ser empossado. Nesta quarta, o seu antecessor na pasta, Gilberto Occhi, transmitiu o cargo a ele.

Em seu discurso, o novo ministro declarou que sua gestão será pautada pela redução de gastos. "Cada centavo economizado por esse ministério tem que ir para objeto fim, que é a assistência. Não dá para gastar dinheiro sem saber", afirmou.

Ele ponderou que a pasta possui um orçamento "muito grande" e que "é muito fácil esquecer que R$ 1 mil é muito dinheiro". "É muito dinheiro", ressaltou Mandetta.

O ministro também disse que pretende focar na saúde básica no país e revisar a questão da saúde indígena. "Estamos com indicadores de saúde muito aquém do minimamente do que é gasto com saúde indígena", afirmou.

Mandetta anunciou ainda a criação da Secretaria de Atenção à Saúde Básica, separando esse setor dos procedimentos de média e alta complexidade hospitalar. Hoje, as áreas estão reunidas sob a alçada de uma única secretaria.

Mandetta quer criar ainda um terceiro turno nas unidades de saúde, ampliando o horário de atendimento, mas não detalhou prazos ou metas.

Defendeu ainda a melhoria na gestão das informações do setor de saúde no país, especialmente com a informatização. "Quem não tem informação não pode gerir", afirmou. Na avaliação do novo ministro, é como se fosse um "voo no escuro".

Ele acrescentou que também que deseja "um sistema privado forte" e "solidário", mas "com menos queixas" e melhor prestação de serviço aos idosos. "Não há volta, mas há muito espaço para a melhoria", afirmou.

Diálogo com o Legislativo

Ao começar o seu pronunciamento, Mandetta fez um relato sobre as origens da sua família, contou sobre a sua formação como médico e atuação profissional e fez uma retrospectiva da sua gestão como secretário municipal de Campo Grande. Disse que, no cargo, teve que enfrentar desafios, como uma epidemia de dengue, e "tempos intensos de trabalho pelo SUS".

Ao falar sobre os oito anos como deputado federal, disse que sempre apostou na "democracia e no diálogo" com a oposição e que pretende, quando convidado, "estar sempre muito presente na Câmara e no Senado".

Perfil

Mandetta nasceu em Campo Grande, município que se tornou a capital do Mato Grosso do Sul, estado criado em 1977. Caçula em uma família com cinco filhos, o futuro ministro seguiu a profissão do pai, o médico Hélio Mandetta.

Conforme o site do deputado, ele estudou no Colégio Dom Bosco, em Campo Grande, onde integrou a equipe de natação da escola. Aos 15 anos, fez intercâmbio nos Estados Unidos.

De volta ao Brasil, Mandetta cursou medicina na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. Concluiu o curso em 1989 e, junto com a mulher Terezinha, retornou ao Mato Grosso do Sul.

Mandetta fez residência em ortopedia na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e ainda cursou uma especialização em ortopedia em Atlanta (EUA).

O site do futuro ministro ainda registra que ele trabalhou como médico em hospitais militares e na Santa Casa de Campo Grande.

Aqui, Mandetta foi dirigente de plano de saúde e secretário municipal. Ele presidiu a Unimed de Campo Grande entre 2001 e 2004 e, ao encerrar sua gestão, assumiu a secretaria de Saúde de Campo Grande.

O ministro comandou a secretaria de 2005 a 2010, durante a gestão do então prefeito Nelsinho Traud. Mandetta era filiado ao MDB e migrou para o DEM para concorrer a deputado federal em 2010. Foi eleito com 78,7 mil votos e reeleito, quatro anos depois, com 57,3 mil votos.

Neste ano, Mandetta decidiu não disputar um terceiro mandato de deputado federal.

Ele é o terceiro ministro do DEM na equipe de Bolsonaro. Além dele, também são filiados ao partido Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Tereza Cristina (Agricultura). No total, a equipe ministerial é composta por 22 integrantes – sete a mais do que os 15 anunciados por Bolsonaro durante a campanha presidencial.