São várias as denúncias de calote contra cabos eleitorais, na eleição que terminou neste domingo (2), no MS. Quem trabalhou de sol a sol e pouco ou nada recebeu, exige ver a cor do dinheiro.
Conforme as denúncias, parte de 450 trabalhadores ainda não recebeu nada ou todo o dinheiro devido. Uma trabalhadora, que pediu anonimato, detalhou que foi contratada por Lucimara Amorim, para reuniões políticas e distribuição de santinhos, para os candidatos Carlos Bernardo, Júnior Mochi e André Puccinelli, do MDB.
Ainda conforme os relatos, as cabos eleitorais deveriam receber R$ 900 por 45 dias (300 reais a cada 15 dias), mas não viram a cor do dinheiro. A justificativa de Amorim é que o contrato com os três políticos teria sido rompido.
Sem sucesso na empreitada anterior, segue a denúncia, a mesma coordenadora contratou os grupos para atuarem para o candidato Saulo Batista – que dias antes da eleição foi esfaqueado por uma amante, em Campo Grande. Elas iriam receber duas parcelas de R$ 200, mas nem todo mundo foi pago.
Em áudio, após ser cobrada, a contratante Lucimara reconhece e comenta a dívida, mas só a relacionada a Saulo Batista e um outro candidato, mas este úlitmo pagou as despesas.
Amorim diz no áudio que ''eles'' (que seriam os contratantes) já estariam fazendo o pagamento. Depois justificou que o dinheiro estava sendo enviado, mas que o sistema do banco estaria travando.
No trecho seguinte do áudio, Amorim admite que o dinheiro já estava na conta e que até já tinha iniciado alguns pagamentos. Porém, as transferências por PIX eram somente de 25% do valor devido. Ela pedia paciência aos trabalhadores.
O trecho da gravação que mais indignou os trabalhadores, foi quando Lucimara disse que, se alguém denunciasse do calote na rede social, seria muito pior e não iriam receber.
Entramos em contato com Lucimara, que viu as mensagens, mas não respondeu. Também acionamos o MDB-MS e a assessoria de Junior Mochi para posicionamento. O espaço está aberto a todos os citados.