O vice-governador de Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith (DEM), reuniu-se, na manhã desta terça-feira (13), em Brasília, com o diretor-presidente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), Antônio Leite dos Santos Filho.
Na audiência, ele soube que, para garantir a manutenção das rodovias federais que atravessam o Estado, é preciso que se arrecade em torno de R$ 90 milhões, já que os disponíveis R$ 130 milhões não asseguram a conservação da estrada.
Santos Filho deixou a entender que, ao menos até o ano que vem, a União não terá recursos extras para a manutenção, por exemplo, de trecho da BR-262, rodovia que liga Três Lagoas a Corumbá. Por regra, quem deve cuidar das estradas federais, é o governo federal.
O chefe do Dnit disse ainda que uma das saídas é convencer os parlamentares do Estado que atuam no Congresso Nacional a apresentarem emendas já com este fim, ou seja, criarem projetos com a intenção de os recursos captados serem aplicados na preservação das BRs.
“Já estamos fazendo reuniões com a bancada como meio de melhorarmos as condições de orçamento”, afirmou o diretor, que revelou que o estado de MS precisa de ao menos R$ 90 milhões para preservar as estradas. Assegurados, tem R$ 130 milhões, segundo o diretor.
Murilo Zauith cobrou do diretor do Dnit um desejo antigo dos moradores de Dourados, a segunda potência econômica de MS, o chamado contorno rodoviário.
Santos Filho disse que, diante da previsão orçamentária da União, sem previsões de aumento até ano que vem, a obra em questão está no “cardápio de possibilidades para outros anos”.
O vice-governador, que vai se encontrar com a ministra Tereza Cristina (Agricultura), afirmou que ia levar o assunto do Dnit para a bancada federal e fazer um apelo aos deputados federais e senadores a trabalharem a ideia de arrecadar recursos por meio das emendas parlamentares.
Zauith cobrou ainda do Dnit recursos para investir em melhoras na BR-265, que liga a Jardim a Porto Murtinho.
Deputados e senadores apresentam emendas com a intenção de garantir recursos para construção de escolas, melhorar estradas ou postos de saúde. Geralmente, eles favorecem regiões onde tiveram mais votos nas eleições.