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Política

19/09/2016 07:00

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Com festival de pesquisas na Capital, em qual acreditar?

Nas últimas eleições, porém, elas não acertaram

Desde o início da corrida eleitoral pela prefeitura de Campo Grande, o Tribunal Regional Eleitoral recebeu vinte registros de pesquisas realizadas por institutos especializados. O eleitorado teve duas surpresas nos pleitos de 2012 e 2014, quando o resultado foi diferente do que as pesquisas apontavam. 

A divulgação de pesquisas faz parte da estratégia de campanha dos candidatos. Em 2012 e 2014, a Justiça eleitoral proibiu projeção de pesquisas sobre um possível segundo turno, alegando que isso prejudicaria os demais candidatos, pois o eleitor tem o ‘hábito’ de votar em quem está na frente.

Seguindo o mesmo raciocínio, advogados de coligações que disputam a cadeira de prefeito entraram na Justiça impedindo a divulgação de pesquisas com supostos indícios de direcionamento e falta de clareza na amostragem escolhida entre os entrevistados. Duas pesquisas eleitorais foram impedidas de serem divulgadas. 

Na decisão, o juiz eleitoral afirmou que a suspensão foi necessária porque a pesquisa é importante instrumento de avaliação dos partidos em relação ao desempenho e a atuação de seus candidatos, e sua publicidade, constatadas as irregularidades, “pode trazer prejuízos de grande monta para o bom andamento da campanha eleitoral”. 

Em uma eleição com quinze candidatos, onde a maioria dos candidatos está com menos de 1%, com pesquisas feita com amostragem entre 600 a 850 pessoas, com margem de erro de 4,5%, gera a dúvida sobre a real intenção do eleitorado de Campo Grande. 

Em 2012, a última pesquisa divulgada pelo Ibope, mostrava o atual governador Reinaldo Azambuja com 15%. Na apuração final, Azambuja teve 25,90% dos votos para prefeito. Na eleição para governo em 2014, um dia antes da realização do 2º turno das eleições, o Ibope divulgou pesquisa de intenção de voto que colocava o governador eleito, Reinaldo Azambuja com 49% e Delcídio do Amaral (PT) com 51%. O resultado oficial foi de 55,34% dos votos para o Reinaldo Azambuja e 44,66% para Delcídio do Amaral.

Tais erros levaram o Instituto a explicar que as pesquisas realizadas em Mato Grosso do Sul eram terceirizadas para empresas locais e que as pesquisas eram “fotografias do momento” não podendo prever a migração dos votos. 

De acordo com a legislação eleitoral, as entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às Eleições 2016 ou a candidatos, para conhecimento público, devem registrar, junto à Justiça Eleitoral até cinco dias antes da divulgação de cada resultado.

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