O deputado estadual Cabo Almi (PT) foi reeleito para o terceiro mandato com 21.121 votos. Na próxima legislatura, o petista diz que vai focar em pautas fundiárias e que ele e seu colega de bancada, Pedro Kemp terão de se desdobrar para manter a agenda social do partido na Casa de Leis, já que Amarildo Cruz e João Grandão não foram reeleitos.

''Quero priorizar a segurança pública, ampliar o debate sobre agricultura familiar, trabalhar a questão indígena, assentados, acampados e quilombolas'', prometeu o petista.

Sobre a atuação como oposição na Assembleia, Almi diz que é preciso aguardar o vencedor das eleições para o governo do Estado. Ele diz que Zeca do PT e Vander Loubet, hoje deputados federais pelo partido, optaram por apoiar a reeleição de Reinaldo Azambuja (PSDB).

''Eu por enquanto estou indeciso. Estou aqui para seguir a orientação partidária e como o Vander, que tem mandato e está superior a mim, escolheu Reinaldo, acho que vou apoiá-lo também, mas por enquanto estou indeciso'', analisou o cenário.

Sobre a nova composição da Assembleia Legislativa, com mais parlamentares conservadores e da chamada 'bancada da bala'', Almi explica que o fenômeno Bolsonaro varreu a política de MS.

''É uma onda! A onda Bolsonaro pegou em cheio. Nosso Estado é conservador, do boi, da soja, do agronegócio'', avalia o petista. Ele acrescenta que esse movimento elegeu pessoas que ''não sabíamos nem quem era''.

No entanto, apesar da rivalidade ideológica, Cabo Almi diz que renovação é sempre bem-vinda e deseja um bom mandato aos novos deputados.

''Que eles venham com ideias novas, que possa aflorar o debate, melhorar o debate e promover audiências públicas'', espera o parlamentar.

O petista Almi teve 14.600 votos em Campo Grande e 3.500 no interior.