O corte de parte dos salários de servidores municipais deve afetar a economia de Campo Grande, neste fim de ano. A estimativa é da Câmara de Dirigentes Lojistas, a CDL. 

Conforme nota divulgada nesta terça-feira (11), já é o quarto ano que a gestão municipal reduz o pagamento dos trabalhadores em até 20%. 

''Deve afetar o comércio local justamente no período de maior movimentação e expectativa de vendas, o fim de ano'', diz a publicação. Em outro trecho, a CDL observou que os 20% do salário retidos deixam de entrar no orçamento das famílias e por isso reflete diretamente em padarias, mercados, lojas e serviços. 

''Quando o salário do trabalhador é reduzido, toda a cidade sente'', pontua a Associação. O presidente da entidade, Adelaido Figueiredo, observou que 52% do orçamento da cidade vai para o salário dos trabalhadores. Por isso é considerada a principal forma de retorno dos tributos à população. 

''A Prefeitura devolve o que arrecada basicamente por meio da folha, já que os processos licitatórios quase sempre são vencidos por empresas de fora. Quando corta o salário do servidor, o impacto recai sobre Campo Grande toda'', explica Adelaido.

O gestor lamentou o fato da gestão passar o ano sem ajustar as contas e quando chega dezembro recorre aos cortes de salários. Foi dito também pelo gestor que a CDL se empenha no fortalecimento da economia e pede que o poder público adote medidas que garantam previsibilidade financeira e valorização dos trabalhadores.