O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Vacina, vereador Alex do PT, informou que a comissão deve confrontar os números obtidos durante as oitivas sobre os desaparecimento das doses da vacina contra a Influenza H1N1, da rede pública de saúde. A declaração foi concedida durante a sessão ordinária desta terça-feira (29). A apresentação do relatório final acontece hoje na Casa de Leis, às 14 horas.
Alex preferiu não antecipar nenhuma informação, mas afirmou que tudo será esclarecido durante a leitura do relatório, que ficou guardado a sete chaves. O documento final dos trabalhos foi entregue no último dia 21 pelo relator da Comissão, vereador Lívio Viana, do PSDB, ao presidente da CPI, vereador Alex do PT.
Durante a CPI, foram realizadas quatro oitivas, além da análise de uma vasta documentação enviada pelos órgãos de produção e controle das vacinas, e pela própria Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Conforme o relator, os trabalhos foram estritamente técnicos e esbarraram na morosidade para prestação de informações por parte do município. Nada, no entanto, que impedisse a conclusão do relatório.
Em entrevista anterior ao TopMídiaNews, o petista negou que a investigação tivesse motivação política e destacou que apenas fez o papel de agente fiscalizador. O caso chegou a ser denunciado à polícia.
CPI da Vacina
Criada no dia 31 de maio e, após ter definido os membros no dia 9 de junho, a CPI da Vacina já colheu diversos depoimentos durante oitivas e chegou até a disponibilizar um laboratório para que os servidores supostamente imunizados fizessem uma contraprova.
Em decisão da comissão, também foram aprovados durante reunião do colegiado, a quebra de sigilo telefônico de três pessoas: a supervisora geral na Coordenadoria de Atenção Especializada, Patrícia Mecatti Domingos; a coordenadora de Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal, Márcia Scherer; e a gerente-técnico do setor de Imunização, Cássia Tiemi Kanaoka, para apurar alguns fatos.
O caso também foi parar na polícia, e o delegado da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, Fabiano Goes Nagata, investiga denúncia de suposta vacinação de 35 pessoas comissionadas, que teriam sido imunizadas no gabinete do prefeito Alcides Bernal. No entanto, durante a investigação, o delegado chegou a declarar que não havia indícios de irregularidades e que o denunciante do caso correria o risco de responder por calúnia.
Integram a Comissão Parlamentar de Inquérito, além Marcos Alex, o vereador Lívio Viana, do PSDB, como relator; e os membros Chiquinho Telles (PSD), Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Edson Shimabukuro (PTB).