Os deputados Luiz Ovando (PSL) e Dagoberto Nogueira (PDT), da base do governo e da oposição, concordam que o tratamento com ozônio via retal para curar a covid-19 pode não ser tão eficaz como o prefeito de Itajaí (SC) divulgou nas últimas semanas.
Aos risos, quando questionado, o deputado Dagoberto disse não acreditar muito no tratamento. “Eu sou um homem moderno, acredito na ciência e em tratamentos comprovados”, citou o pedetista.
O prefeito de Itajaí gerou polêmica e virou motivo de memes em todo o país. Inclusive o teste do tratamento já tem 150 voluntários, apesar de o Conselho Federal de Medicina proibir tratamentos com ozonioterapia no Brasil (clique aqui para saber mais).
Sobre o assunto, o deputado Luiz Ovando, que também é médico, citou que não estudou a fundo sobre o tratamento, mas que conhece os princípios.
“Existe a concentração de oxigênio que é o O2 e do ozônio que é o O3. De uma maneira geral, a concentração elevada é tóxica para o organismo, já que se ultrapassar os 21% faz mal. Um exemplo é quando o paciente é colocado no respirador, a técnica é utilizada para difundir e aumentar o oxigênio do alvéolo (do pulmão) para a corrente sanguínea. Agora, a questão do ozônio é que a substância é absorvida mais rápida pela aplicação retal. O ozônio cai na circulação e vai para o sangue, mas ainda não tenho conhecimento se isso é realmente eficaz”.
Ovando finalizou citando que, como não tem conhecimento profundo, não poderia opinar, e que ainda não tem certeza se o procedimento possui resultados satisfatórios.
Ele cita ainda que medicamentos como hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina e azitromicina, que já são distribuídos na rede pública, possuem mais credibilidade para tratar a doença.