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Política

14/11/2016 13:30

De olho na presidência da Câmara, Loester ameaça 'quebrar' consenso por João Rocha

Vereador eleito afirma que PSDB se coloca como oposição a Marquinhos

Com experiência de vários mandatos, o vereador eleito Loester Nunes (PMDB) promete chacoalhar a disputa pela presidência da Câmara Municipal e já ameaça o possível consenso em prol da reeleição de João Rocha (PSDB). Apesar de não colocar candidatura oficial para o cargo que é o terceiro na linha de sucessão da prefeitura, o peemedebista demonstra interesse na disputa e faz diversas críticas ao tucano.

“Eu vi no jornal a colocação de um dos candidatos à reeleição. Não gostei das colocações, pela análise, ele [João] é o candidato. O partido dele elegeu 15 vereadores pela sua coligação e são favas contadas. Então sobrou 14. Se é assim, ele não precisa nem conversar com a gente. Aí vamos montar uma chapa e vamos debater. Porque aí fica faltando um voto pra nós e sobrando um voto pra eles”, declarou.

Loester destaca que a vantagem da coligação encabeçada pelo PSDB sobre os demais pode contar, mas não é decisiva na hora da escolha do novo presidente. Apesar de não citar nomes, ele também descarta a possibilidade de André Salineiro (PSDB) entrar na disputa, mesmo sendo o candidato mais votado nesta legislatura e com o apoio da maior bancada na Câmara Municipal.

“Não é porque o partido teve o maior número de vereadores eleitos que tenha o direito de indicar o presidente. É o colegiado dos 29 vereadores. A única tradição é que um novato realmente não assume nos primeiros dois anos na Câmara. Que a experiência vale muito. Se você está chegando agora, como você vai comandar, se tem vereadores que sabem muito mais sobre o comando da casa? É uma tradição, mas não é coisa obrigatória. Agora dizer que o candidato mais votado é o presidente, também não existe isso”, continua.

Apoio a Marquinhos

Dentro do PMDB, partido que não lançou candidatos e fez campanha velada para a candidata adversária, a vice-governadora Rose Modestos (PSDB), o vereador eleito relembra que sempre foi amigo próximo de Marquinhos Trad (PSD) e isso deve influenciar na eleição da mesa diretora. De acordo com ele, os tucanos caminham para atuar na oposição ao prefeito eleito e o Legislativo precisa de uma liderança cordial, que dê apoio ao Executivo, apesar de manter a independência exigida pelo cargo.

“Temos que olhar o lado do prefeito. Eu vou ser vereador por Campo Grande e não pode ser contra o prefeito. Eu vou para uma chapa que ali se colocou como oposição ao prefeito? Já que o que mais fez oposição foi o PSDB, aí não dá para você entrar nessa. Não vou participar de uma chapa, de uma mesa, que é exatamente oposta ao nosso prefeito. Tem que ter independência para saber conversar e conduzir com o objetivo de Campo Grande”, defende.

Relação com Poder Executivo

Para referendar seu ponto de vista, Loester também afirma que o clima de rivalidade entre os poderes durante a administração de Alcides Bernal (PP) trouxe diversos prejuízos para o município. “Foi essa falta de conversa, essa falta de diálogo do prefeito com a Câmara que virou o que virou. Campo Grande parou praticamente quatro anos. Só o que aumentou em Campo Grande foi buraco. E a culpa de quem que ficou? Foi o vereador. Se você falar que o prefeito levou a culpa, com a votação que ele teve, ele não levou não. Ele perdeu porque realmente não foi um bom prefeito”.

Ainda assim, o vereador acredita na possibilidade de uma chapa de consenso. “A Câmara é independente, mas tem que viver harmonicamente. Um servindo o outro. O vereador fiscalizando, votando e atendendo as solicitações do prefeito, encaminhando os seus projetos, analisando, discutindo, mudando algumas que você achar necessária e fiscalizando se tiver alguma coisa errada. O prefeito também olhando para a Câmara, enviando os seus projetos e conversando com os vereadores. Tem que ser assim, com independência. Não quer dizer que você tem que votar porque o prefeito mandou. A população já não aceita isso”, completa.

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