As vaias direcionadas à Dilma Rousseff (PT) têm sido cada vez mais frequentes. Assim como ocorreu na abertura da Copa do Mundo (maior fiasco da história da Seleção), a presidente foi prontamente vaiada assim que chegou ao velório do ex-governador de Pernambuco e seu adversário político, Eduardo Campos (PSB), morto tragicamente em acidente aéreo na última quarta-feira (13).
A presidente chegou à base aérea do Recife pouco antes das 10h (horário de Brasília) acompanhada do ex-presidente Lula, do ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante, do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e do candidato petista ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha.
Crítica - O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) disse à Folha de São Paulo que a presença de Dilma no velório tratava-se de pura hipocrisia. “Ela não tinha nada que vir aqui. É falso. Ela não gostava mais de Eduardo, queria manter distância. [Eu] não viria aqui para fazer uma falsidade dessas”, enfatizou.
Já quanto a Luiz Inácio Lula da Silva, Vasconcelos declarou que as vaias direcionadas ao ex-presidente eram injustificáveis por conta do carinho que Lula nutria por Campos. “Lula gostava dele”.
Foto: Ricardo Moraes/ Agência Reuters
Barulho – Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula romperam com Eduardo Campos no ano passado, quando decidiu disputar a Presidência da República pelo PSB. A chegada de Dilma ao velório iniciou uma onda de vaias, mas alguém começou a aplaudi-la e o público acompanhou discretamente. Ao mesmo tempo, pessoas na plateia gritaram o nome de Campos.
Foto: Paulo Withaker/ Agência Reuters
Autoridades – Além da vice, Marina Silva, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o ex-governador José Serra (PSDB-SP) já estão no velório. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato à Presidência, também está presente. Acompanham a cerimônia o governador Jaques Wagner (PT-BA), Agnelo Queiroz (PT-DF), Renato Casagrande (PSB-ES), Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL), o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PT-RJ), a ministra Ideli Salvatti (Direitos Humanos), o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann e os senadores Armando Monteiro (PTB-PE) e Eunício Oliveira (PMDB-CE).
No local, também estão sendo velados os assessores de Campos também mortos no acidente, Carlos Percol e Alexandre Severo.
*Com informações da Veja e Folha de São Paulo