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Política

03/03/2014 12:30

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Delcídio vai lotando ônibus e esquece que são 'passageiros'

No mais recente ataque da corrida eleitoral, o senador e candidato a governador do Estado, Delcídio do Amaral, colocou três nomes de peso em seu ônibus: o prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka (PMDB), sua esposa e deputada estadual, Dione Hashioka (PSDB) e o presidente regional do PDT, João Leite Schmidt.

Se a intenção de Delcídio é desestabilizar a ala mais radical de seu partido que insiste no nome do presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul (Fetems), Roberto Magno Botareli Cesar, mostrando força para negociar com pesos políticos fortes da política estadual, não tem sido muito feliz. Radicais pensam e agem de forma diversa e ainda enxergam o senador com o bico tucano que abandonou ainda no início de sua trajetória político-partidária.

Mas a se pensar que Delcídio quer desestabilizar outros partidos e, mais especificamente outras candidaturas, tem conseguido fazer com que os adversários percam enorme e precioso tempo falando sobre a debandada de apoios e mais sobre a manobra do adversário (Delcídio). No entanto, tanto o senador quanto os outros pré-candidatos sabem que interlocuções, como os políticos costumam definir estas primeiras conversas, serão constantes com e entre todos.

A população, essa sim, é susceptível a este tipo de aparente força, mas esse eleitorado ainda acompanha muito à distância as eleições que serão realizadas apenas em outubro. Assim, atento à máxima do "quem não aparece, não é lembrado", Delcídio alimenta suas mídias. Coerência? Pouco importa, tudo vai na base de Abelardo 'Chacrinha' Barbosa: "Eu vim para confundir, não vim para explicar".

Nelsinho Trad

Ainda que busque desesperadamente tornar seu nome forte para as eleições, Nelsinho não conta com simpatia ou apoio das grandes forças. Se conseguisse lotar um veículo com as adesões ou possíveis adesões, seria uma Van, jamais um ônibus.

Para evitar atritos entre os filiados, sempre que o assunto se torna maior que as ações de governo, André Puccinelli (PMDB), obedecendo a 'liturgia do cargo', alavanca o nome Nelsinho em alguma ação pública. Mas sob a capa do apoio guarda as palavras duras do discurso do "é preciso mudar, dar oportunidade para os novos (...) fazer mudanças sem se aventurar" e aproveita a deixa para lançar mais fumaça a tapar o horizonte, direcionando os eventos mais para atacar a administração Bernal na Capital e menos apontar possíveis qualidades do pré-candidato de seu partido.

Vaga aberta

 

O PT tem bala na agulha e vagas abertas. O senado vem sendo namorado por diversos partidos, mas a vaga está garantida para o deputado federal Reinaldo Azambuja, se e assim que a direção nacional do partido bater o martelo pela liberação da coligação. Todos os outros não apresentaram nomes de peso para ocupar este palanque, inclusive o próprio PT. A briga maior, então, fica na vice-governadoria. O PSD tenta emplacar seu presidente, que em nada acresce, até e muito pelo contrário, pode roubar preciosos apoios e votos. O PDT disporia apenas de João Leite Schmidt, único capaz de dialogar com Delcídio.

Surpresas

Talvez surpresas possam vir a abalar tudo o que se pensou em termos de eleições. Nelsinho poderia capitular pela força da rejeição e ocupar a vaga, tirando suspiros esperançosos das respectivas diretorias nacionais. Também surpreendente, mas não descartada, a presença do prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB) ao lado do senador, na coligação e nos palanques.

 

Até onde vai o ônibus

O ônibus do senador Delcídio do Amaral, tem destino certo e conhecido. No momento vem fazendo paradas para que os passageiros subam, o que é normal no início do itinerário, mas o trajeto não atingiu aquele ponto em que, um a um, os passageiros vão deixando o coletivo. "Interlocuções" são meios de se alcançar um destino, qualquer que seja, e não necessariamente o traçado pelo condutor. Delcídio não pode esquecer que, mesmo lotado, o ônibus está repleto de "passageiros".

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