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Política

Denúncia de médico na Câmara de Campo Grande causa confusão

Mais uma vez

21 novembro 2013 - 13h42Por Juliene Katayama

O médico Renato Figueiredo ocupou a tribuna na Câmara Municipal de Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (21), para denunciar a calamidade nos postos de saúde onde faz plantão. Ele foi o segundo profissional da saúde a fazer denúncia, em uma semana.

Renato ressaltou a falta de material de trabalho, equipamento, medicamentos, além da demora na espera por atendimento na rede pública. As denúncias causaram desconforto nos aliados. Mas o ponto alto da discussão foi quando o médico mostrou uma foto de uma criança internada.

O vereador Zeca do PT foi duro em suas críticas sobre o uso da imagem de uma crianças. Embora a identidade tenha sido mantida em sigilo. "Fico triste por mostrar isso, a imagem de uma criança", criticou o petista.

Chiquinho Telles (PSD) ressaltou a importância da discussão deste tema. "É um tema de suma importância. Não podemos deixar de discutir sobre estes problemas", afirmou o vereador.

Os problemas na saúde estão sempre na pauta do Legislativo. Na semana passada, Dr. Cury do Samu (PTdoB) denunciou a calamidade na rede municipal de saúde. Ele inclusive fez graves acusações contra a administração municipal que tem ignorado suas considerações sobre a situação.


Para encerrar sua exposição, Dr. Renato disse que não deseja punir os culpados, mas encontrar soluções para os problemas. "Não quero saber quem é o culpado, quero solução", finalizou.


Discussão - A ida de Dr. Renato à Câmara foi motivo, mais uma vez, de discussão entre aliados e oposição. A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) foi a primeira a cobrar igualdade de tratamento para convidar cidadãos para falar na tribuna. Depois de acompanhar os agentes da Polícia Civil na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, ela também queria levá-los à Câmara, mas não foi aceito. 


Zeca do PT apoiou a colega. "A Polícia Civil deveria vir aqui. Os policiais queriam fazer greve", afirmou. Os aliados chegaram a falar em "forças ocultas" na Câmara que dá privilégios à oposição.


Chiquinho Telles, que foi o propositor da ida de Dr. Renato, não ficou calado diante da reclamação de Luiza. A Luiza não está preocupada com a saúde de Campo Grande", disse.


Vanderlei Cabeludo (PMDB) tentou amenizar a discussão. "Não é por forças ocultas. Tenho pessoas para trazer há três meses, mas esta exceção teve de ser feita pela importância do tema", disse o peemedebista.


Diante da discussão, Paulo Pedra (PDT) pediu a regulamentação dos convites a cidadãos para irem à Câmara levar temas de relevância para sociedade. "Precisamos fazer uma reunião para regulamentar e atender a todos de maneira igualitária", pontuou.