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Política

10/04/2019 15:07

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Deputado armado em sessão é 'café pequeno' diante das brigas que virão, diz Fábio Trad

Parlamentar sul-mato-grossense disse acreditar que discussão sobre reforma da Previdência deva acirrar ainda mais os ânimos

Audiências na CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados), em Brasília, em dias de debates sobre reforma da Previdência, promessa que virou a menina dos olhos do governo de Jair Bolsonaro (PSL), já viraram sinônimos de baixarias, conversas desagradáveis, antissociais.

Por lá, ministro de Estado já foi chamado de Tchutchuca, que devolveu ao ofensor, “é a sua mãe, sua avó”, ataques discriminatórios e até parlamentar zanzando pela sala supostamente com revólver na cintura.

E o que pode acontecer nesses encontros deve piorar daqui em diante, ao menos na opinião do deputado federal sul-mato-grossense, Fábio Trad (PSD), que é titular permanente da CCJC da Câmara dos Deputados.

“Pelo andar da carruagem a briga de ontem é café pequeno perto das que virão”, disse o parlamentar ao TopMidiaNews, na manhã desta quarta-feira (10), em Brasília.

Ontem, terça-feira (9), no meio da discussão que definiria se seria ou não lido na sessão o relatório sobre a reforma da Previdência, repentinamente ocorreu uma sequência de gritaria porque um dos deputados, o delegado Waldir (PSL/GO), estaria armado com um revólver.

No local havia uns 60 parlamentares debatendo as mudanças na Previdência. A sessão teve de ser adiada por 15 minutos. Depois, o delegado ergueu o paletó e mostrou que carregava apenas um coldre [estojo para revólver] de cintura. O caso será investigado. 

Assista defesa de Waldir:

“Temos de reconhecer que o projeto é extremamente polêmico, os ânimos estão acirrados, exaltados e a perspectiva é de que a discussão na próxima semana é que os ânimos vão se exacerbar ainda mais”, afirmou Fábio, depois de comentar a abordagem do parlamentar “possivelmente armado”.

Para o deputado, é preciso que o parlamento de um bom exemplo a sociedade, “no sentido de mostrar a ela que sabe discutir, promover o consenso e descenso porque impedir a polêmica, impedir os antagonismos, é nocivo até para o caráter democrático. Mas, é preciso ser civilizado”, interpretou o parlamentar.

Novos debates

Quanto à possibilidade de novos embates na CCJR a partir da semana que vem, o deputado explicou:  “na segunda (15), teremos a discussão da matéria [reforma] que envolve 60 deputados, entre os quais 30 são a favor da proposta e 30, contrários. Além disso, outros 20 deputados que não são membros da comissão também vão se manifestar”,

Fábio Trad disse ser favorável à reforma da Previdência, no entanto, desde que aceitados “ajustes” no projeto. O desejo de Bolsonaro, que aposta na aprovação da proposta até o meio deste ano, precisa do aval da CCJR, da votação pelos 513 deputados, depois, da análise dos senadores.

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