O deputado federal Vander Loubet (PT) lamentou a morte da pequena Heloisa da Silva Antunes, 11 anos, que supostamente cometeu suicídio ao pegar a arma do pai neste domingo (17), em Mundo Novo, distante 458 km de Campo Grande.
Para o parlamentar, a menina se junta às vítimas do massacre de Suzano e as mortes devem servir de alerta quanto à flexibilização de armas proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).
"Lamentavelmente, o episódio triste dessa menina se soma à tragédia de Suzano. Vejo esses dois casos como um alerta para a nossa sociedade. Por isso sigo contrário à posse e ao porte de armas", diz o deputado.
Ele afirma que a arma foi feita com apenas um propósito, o de matar. "Armas de fogo foram feitas para matar, essa é a realidade. Precisamos falar claramente sobre essa questão. Armar a população não vai ajudar a resolver o problema da violência no Brasil. Pelo contrário, eu acredito na tese e nos estudos que apontam que a violência vai crescer".
Para Vander, o máximo que pode acontecer é as pessoas terem uma falsa sensação de segurança ao ter um revólver em casa ou na cintura. "Vejam o exemplo do próprio presidente Jair Bolsonaro: é militar, foi um sujeito treinado para manusear armas e, mesmo assim, quando foi assaltado, não conseguiu reagir e ainda por cima teve a pistola levada pelos criminosos".
Brasil não é Estados Unidos
Loubet afirma que o Brasil não pode se comparar ao Estados Unidos. "Algumas pessoas quererem que o Brasil seja igual aos Estados Unidos, onde o porte de arma é liberado. Os Estados Unidos tem a maior taxa de mortes por armas de fogo entre os países desenvolvidos do mundo. É o país onde tragédias como a de Suzano mais acontecem. Sinceramente, acho que não pode ser a nossa referência nessa questão".