As supostas declarações do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sobre o caráter político da greve dos professores da rede estadual de ensino incomodou a bancada petista na Assembleia Legislativa. Durante a sessão de hoje (26), o deputado Pedro Kemp (PT) usou a tribuna livre para rebater as falas acusações.

“Dizem que são pessoas ligadas ao PT e a CUT (Central Única dos Trabalhadores), mas não é só a categoria dos professores que está em conflito com o Governo. São todos os servidores públicos, representantes da área da segurança pública, policiais civis, agentes penitenciárias, saúde”, declarou.

Segundo Kemp, o pleito pelo reajuste salarial e as correções inflacionárias estão estabelecidas nas Constituições Federais. “Não existe movimento político para a greve até porque a greve é o último recurso que um trabalhador tem, previsto na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas)”, aponta.

“Estão todos indignados com a posição do governo de não conceder reajuste em maio que é a data-base Ao invés do governo jogar a culpa nas lideranças dizendo que tem motivação política, que chame as categorias para uma rodada de negociações”, continua.

Líder do governo, o deputado Rinaldo Modesto (PSDB), justificou que a o reajuste realizado em dezembro de 2014 trata-se de uma antecipação da data-base de maio, sendo que este detalhe estaria devidamente explicado na lei aprovada em 2013.

“O pleito é justo, mas Mato Grosso do Sul foi o único estado que teve 13,1% de reajuste. Não é ideal, o trabalho do educador que tem a missão nobre de formar o cidadão não tem preço, mas o Estado não tem condições de fazer novo reajuste”, defendeu.