As medidas adotadas pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) durante a pandemia do novo coronavírus em Campo Grande causaram divergências de opiniões entre deputados da Assembleia Legislativa.
O gestor fez o pedido de reconhecimento de estado de calamidade pública e, nesta quarta-feira (22), a Casa de Leis aprovou o projeto, mas com muitas críticas. Foram 14 votos favoráveis e seis contrários, tendo duas abstenções.
Com a aprovação, Marquinhos terá liberdade orçamentária em contratos emergenciais, licitações e compras para combater ao novo coronavírus até o dia 31 de dezembro de 2020.
O deputado capitão Contar (PSL) votou contrário a medida. “Não concordo com a medida e, caso isso seja aprovado, vou fiscalizar cada passo do prefeito”, disse Contar. Sem comentar, coronel David (sem partido) também votou contra.
João Henrique Catan (PL) votou contra e afirmou que o número de mortes na cidade não justificam a ausência de espaço de licitação e contratação. “Porque quem deve ser responsabilizado é o próprio prefeito, que deve encontrar o caminho de volta, após ter adotado medidas de fechamento”.
Pedro Kemp (PT) e Rinaldo Modesto (PSDB) também votaram não e disseram que o pedido não justifica a situação.
Lucas de Lima (SD) votou a favor, mas disse que o pedido ficou incoerente neste momento, já que ele reabriu o comércio da Capital e pediu a revisão do transporte.
Renato Câmara (PSDB), Zé Teixeira (DEM), Cabo Almi (PT), Evander Vendramini (PP) votaram a favor da medida e destacaram a necessidade de liberdade orçamentária para prevenções necessárias e diminuição da doença.