A reforma previdenciária proposta pelo Governo Federal deve ser aplicada aos servidores estaduais de Mato Grosso do Sul, mas o assunto vem causando divergências na Assembleia Legislativa local.
Os deputados estaduais ainda aguardam uma definição do Palácio do Planalto, que deve encaminhar as mudanças para o Congresso Federal, mas apostam no diálogo para se chegar a um consenso.
Para o deputado estadual, Rinaldo Modesto, do PSDB, a questão da reforma previdenciária é algo irreversível e o Congresso deve alterar o percentual de contribuição de 11 para 14%, o que deve ser aplicado em MS. "Hoje é um problema esse fator previdenciário. Hoje 12% do PIB (Produto Interno Bruto) vai para pagar a previdência", declarou.
Renato Câmara, do PMDB, ressaltou que aposta na ideia do diálogo entre o governo e as categorias. "Vou assumir uma posição que não fique nem no céu e nem na terra".
Divergência partidária
No entanto, para a bancada petista, o assunto gera controvérsia. O deputado Cabo Almi afirmou que se houver a mudança, não fará objeção, se a pauta for apresentada pelo atual governador Reinaldo Azambuja, do PSDB. "Não vou fazer oposição por oposição".
Por outro lado, Amarildo Cruz, do mesmo partido, garantiu que não vai permitir que uma conquista do trabalhador brasileiro seja modificada. "Isso vai causar problemas com sindicatos dos servidores e dos sindicalistas. É uma conquistas que eles têm hoje. Vou garantir a defesa e o protesto".
E ainda emendou: "Esse é um governo ilegítimo e de maldades, ele fará o que um governante não tem coragem de fazer", disse em relação ao presidente Michel Temer, do PMDB.