O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) cassou por três votos contra dois o mandato do prefeito de Douradina, Darcy Freire (PDT), e de seu vice, José Ailton de Souza (PSDB), por compra de votos. Os dois administradores também foram declarado inelegíveis por 8 anos.
A ação foi impetrada pela coligação Renovação e Desenvolvimento, formada pelo PMDB e DEM, denunciando compra de votos e abuso de poder econômico. Apenas a compra de votos foi reconhecida pelo TRE.
Votaram pela cassação os desembargadores Luis Cláudio Bonacini e Dalton Higa, e pela absolvição, Nélio Stábile e João Maria Lós. O presidente Atapoã da Costa Feliz, em seu voto de Minerva votou pela cassação e determinou que novas eleições sejam realizadas.
Os condenados irão recorrer da decisão.
Douradina vem sendo alvo de diversas denúncias e investigações da Polícia Federal e Ministério Público Estadual desde que Darcy Freire assumiu o governo municipal em 2008.
Os casos que provocaram maior indignação se deram a partir de 2012, quando o promotor de Justiça, Rodrigo Cintra Franco, emitiu ordem para que os vereadores cumprissem suas atribuições constitucionais e fiscalizassem com rigor os atos administrativos do prefeito Darcy, sob pena de omissão e consequente responsabilização.
Ainda no final de seu primeiro mandato, outras denúncias por obras superfaturadas, obras pagas e não realizadas, medicamentos com data de validade vencida e outros ainda em condições de uso que foram descartados a céu aberto, contratos para fornecimento de alimentação a preços abusivos e em quantidades acima das efetivamente consumidas, colocaram sob suspeição a administração pedetista do município.