O prefeito Alcides Bernal iniciou o discurso de defesa afirmando que estava no plenário para exercer o seu direito sagrado constituído por meio do voto popular de defender as atitudes que tomou no primeiro ano de mandato e frisou que a cidade enfrenta muitos problemas, porém que as situações existem há muitos anos.
Bernal lembrou ainda os fatos que foram alvos da denúncia feita e que caracterizaram improbidade administrativa da administração local. “Quando assumimos a prefeitura nos deparamos com epidemia da dengue, contratos que exigiam atenção redobrada, além de cobranças do Ministério Público Estadual. Realizamos auditorias detalhadas e hoje enfrento esta situação de julgamento. Qual o meu erro, zelar pelo patrimônio público, fazer economia aos cofres públicos e ser cauteloso a tomar decisões?”, questionou.
Ele ressaltou que a motivação dos interessados em cassar seu mandato é decorrente de defesa dos interesses de empresas e não do interesse coletivo. “A prova cabal foi o processo da CPI do calote e os interesses escusos de alguns veículos de comunicação que plantaram a discórdia entre o poder Executivo e Legislativo”, denunciou.
O chefe do Executivo Municipal lembrou ainda que o presidente da Casa de Leis, Mário Cesar e outros vereadores sofreram cassação e sabem o quanto é difícil ser acusado de crime que não se cometeu. “Sou atacado diariamente por vereadores sem responsabilidade e que usam sua prerrogativa para me atacar, esquecendo minha condição de pai de família e minha posição como administrador público. Depois de tanta agressão sofrida o que passo aqui hoje é ‘fichinha’”, reforçou, comentando as críticas dos manifestantes contrários a sua permanência.
Reclamações – Bernal ressaltou que sempre agiu com responsabilidade, cautela e eficiência, então considera o julgamento uma injustiça, um atentado contra a democracia. “Durante um ano e dois meses não consegui respirar para trabalhar, a oposição não me deu chance para trabalhar. O senhor, vereador Saraiva foi um dos que foram eficientes em me criticar o tempo todo, mas, lembre-se que Campo Grande é que foi prejudicada estas atitudes. Eu já fui oposição no mandato do Nelsinho Trad e nunca prejudiquei o administrador, então quero dizer que não existe um político infalível. Quero continuar meu trabalho, mas para isso é preciso que me deixem continuar meu mandato”, alegou.
O prefeito terminou seu discurso fazendo apelo para os vereadores, afirmando que confia no bom senso deles para impedir o golpe político que vem sofrendo em todo período de seu mandato, iniciado em 2013.
