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Política

04/09/2015 07:00

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Elza do 'cafezinho' presta depoimento no Gaeco nesta sexta-feira

A empresária Elza Cristina Amaral, apontada pela Operação Lama Asfáltica como principal operadora na quadrilha especializada em fraudar licitações de obras públicas em Mato Grosso do Sul será a sétima pessoa a ser ouvida nesta semana pelo coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), promotor Marcos Alex Vera de Oliveira. Elza é uma das 'estrelas' das investigações da Polícia Federal, que deram origem à Operação Coffee Break.

Segundo a assessoria de imprensa do Gaeco, o depoimento da empresária, considerada o braço direito e sócia de João Amorim, deve ocorrer às 9 horas, na sede do Gaeco, em Campo Grande.

Elza Cristina ficou conhecida após escutas telefônicas do Gaeco serem divulgadas pela imprensa. A empresária supostamente pagava propina a empresários, servidores estaduais e até políticos na sede da empresa Proteco Engenharia Ltda., a pedido do proprietário João Amorim. Nas gravações, diversas pessoas foram flagradas pedindo permissão ao empresário para 'tomar um café com Elza', que segundo os agentes federais, era o código estabelecido para receber dinheiro ilegal da quadrilha.

Além disso, João Amorim teria a transformado em sócia em 2007, uma vez que ela era funcionária do megaempresário desde 2002, como secretária na Proteco. Devido a confiança e lealdade, Amorim a tornou sócia da empresa Ask Consultora com 1% de cota. Logo depois, ela adquiriu duas empresas fora do país. As offshores, a Arklyleius e Kamerof, com sede em Amsterdam, na Holanda. A polícia federal afirmou que a empresária já mais foi ao país em que detém duas empresas. A primeira detém 99,5% do capital social da segunda.

Segundo a Polícia Federal, as empresas criadas por Elza foram criadas com a finalidade para enviar dinheiro para fora do país. As empresas movimentavam grandes quantidades de dinheiro, os recursos eram dinheiro público lavado no exterior pelo grupo de Amorim.

Outro indício descoberto pela PF é que Elza, na Kamerof, tinha como sócio o genro de Amorim, João Baird, que já tinha uma condenação em 1999, por desvios de mais de R$ 1,28 milhão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Bair é atual dono da Itel Informática mantém contrato com o Detran, por meio do Governo do Estado, e o prefeito afastado Gilmar Olarte, do PP, chegou a declarar que romperia o contrato com a empresa, mas não foi confirmado.

Operação Coffee Break

A ex-secretária de Amorim será a sétima pessoa a prestar depoimento nesta semana ao coordenador do Gaeco, promotor Marcos Alex. Semana passada já foram ouvidos os 13 pessoas que tiveram o mandado coercitivo expedido pela Justiça, sobre suposta compra de votos. No dia 25 de agosto foram ouvidos: Edil Albuquerque e Paulo Siufi, ambos do PMDB; Edson Shimabukuro (PTB), Airton Saraiva (DEM), Chocolate (PP), Jamal Salem (PR), Gilmar da Cruz (PRB), Carlos Augusto, o Carlão (PSB), o ex-vereador Alceu Bueno, e o presidente da Câmara Municipal afastado pela Justiça, Mario Cesar, do PMDB. Houve ainda os empresários João Amorim, João Baird e Fábio Portela Machinsky, diretor de finanças do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação (IMTI).

Os vereadores do PT do B, Eduardo Romero presidente da CPI das Contas, o vereador Otávio Trad, e o atual presidente da Casa de Leis, Flávio César, já havia prestado depoimento em 2014, durante a Operação ADNA, em Olarte foi acusado pelo MPE de praticar corrupção passiva, continuidade delitiva e lavam de dinheiro. Além de ser o principal mentor de esquema estelionatário envolvendo cheques em branco. O objeto da investigação está sendo apurado na Comissão Processante da Casa de Leis. O prefeito afastado pela Justiça, Gilmar Olarte, será o último a ser ouvido, garantiu o promotor. 

Na quarta-feira (2), foram ouvidos o vereador Ayrton Araújo (PT), o deputado Cabo Almi, primo do vereador, mais o secretário de Governo, vereador licenciado Paulo Pedra (PDT). Ontem (3) passaram pelo Gaeco o vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB), o ex-secretário municipal de Bernal, Wanderley Ben hur, que administrava a Secretaria de Planejamento, Finanças e Controle.

Ainda estavam programados para o ontem depoimentos do ex-governador André Puccinelli, do PMDB, e o empresário e dono do site Midiamax, Carlos Eduardo Naegele, mas ambos protocolaram o pedido no Gaeco para adiar o depoimento. Segundo a assessoria do Gaeco, somente na próxima terça-feira (8) é que será definido uma nova data para os dois prestarem depoimento ao promotor. E por fim, na próxima quarta-feira (9), mais quatro pessoas deverão depor na Operação Coffee Break.

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