Em depoimento prestado nesta quarta-feira (5), na Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que enviou seu ajudante até ao aeroporto de Guarulhos para reaver as joias sauditas. Segundo ele, o objetivo era evitar um "constrangimento internacional", um "vexame diplomático".
Segundo o colunista Paulo Cappelli, o ex-presidente alegou que poderia haver constrangimento caso o governo saudita descobrisse que o presente ficou retido na alfândega.
Bolsonaro alegou, ainda, que só tomou conhecimento do presente dado pelo príncipe da Arábia Saudita, Mohamed Bin Salman, 14 meses depois. Por isso, então, o pedido para pegar as joias na alfândega teria ocorrido somente no final do ano passado.
Enquanto Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal, em Brasília, o tenente-coronel Mauro Cid foi ouvido pela PF em São Paulo.
A oititiva do ex-ajudante de ordens durou cerca de duas horas. De acordo com o colunista do Metrópoles Igor Gadelha, Mauro Cid afirmou que buscar presentes recebidos por Bolsonaro era algo “normal” na Ajudância de Ordens da Presidência.
O ex-ajudante de ordens afirmou que Bolsonaro teria pedido a ele para “verificar” a situação das joias apreendidas na alfândega.