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Política

Em Jateí, vereadores presos tentaram cooptar testemunhas, diz Gaeco

11 dezembro 2015 - 11h59Por Dourados News

Os três vereadores presos na manhã de quinta-feira (10) em Jateí dentro da Operação Polígrafo, desencadeado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), teriam tentado cooptar testemunhas durante as investigações, segundo nota distribuída pelo MPE (Ministério Público Estadual).


“Verificou-se a cooptação de testemunhas pelos investigados para que prestassem depoimentos inverídicos, ensejando a necessidade das prisões temporárias para a conclusão da investigação”, relata o material. Entre os presos está o presidente da Câmara local, Francisco Alves de Araújo (PDT), o "Tiquinho".


Segundo o MPE, foram cumpridos três mandados de prisão temporária, nove mandados de busca e apreensão e cinco mandados de condução coercitiva, expedidos pela Juíza da 2ª Vara da comarca de Fátima do Sul, em face de vereadores e servidores públicos municipais de Jateí.


A investigação, iniciada há seis meses, teve como objetivo a apuração de crimes de peculato e associação criminosa envolvendo vereadores do Município de Jateí, que também são ocupantes de outros cargos públicos, suspeitos de receberem os vencimentos relativos a estes cargos, sem a contraprestação laboral.


Foram tomados depoimentos de investigados e testemunhas bem como realizadas perícias em documentos, equipamentos computacionais e aparelhos de telefonia celular apreendidos no decorrer do dia.


Em razão da suspeita de falsos depoimentos, a operação foi denominada “polígrafo”, aparelho que era utilizado em outros países para apuração da verdade em procedimentos policiais.


Participaram da operação quatro Promotores de Justiça, 22 policiais militares integrantes do Geco, dois servidores da área de Tecnologia da Informação do Ministério Público e uma equipe da Agepen/GISP (Agência estadual de administração do sistema penitenciário) que também auxilia nos trabalhos.