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Política

Ex-prefeito acusado de 'mensalinho' a vereadores é agraciado com habeas corpus do TJ

Dois vereadores também presos também foram beneficiados

24 junho 2019 - 19h35Por Thiago de Souza

Carlos Aníbal Ruso, ex-prefeito de Ladário, conseguiu habeas corpus do Tribunal de Justiça nesta segunda-feira (24). Ele está preso em Campo Grande desde 26 de novembro, acusado de pagar ''mensalinho'' para ter apoio de vereadores locais.

A sessão do TJ ocorreu durante a tarde desta segunda-feira e a decisão de soltar o político se deu por unanimidade dos três desembargadores da 1ª Câmara Criminal da corte.

Ao Diário Corumbaense, o advogado Ricardo Souza Pereira, disse que Ruso deve deixar o Centro de Triagem Anízio Lima, em Campo Grande, até esta terça-feira (25).  

A decisão do TJMS, diz o site, prevê medidas cautelares para garantir a liberdade do ex-prefeito como proibição de se ausentar da cidade por mais de 8 dias sem autorização judicial; não sair do País;  não falar com testemunhas ou outras partes do processo e o comparecimento uma vez por mês no cartório judicial e assinar um termo de frequência.

Nesta tarde, o Tribunal de Justiça também concedeu habeas corpus aos ex-vereadores Osvalmir Nunes da Silva, o Baguá, e André Franco Caffaro, conhecido como Dedé.

Os processos dos três políticos já cassados segue em segredo de Justiça. Permanecem presos Agnaldo dos Santos Silva Junior (PTB); Augusto de Campos (MDB), o "Gugu" e Paulo Rogério Feliciano Barbosa (PMN). A pastora Lilia Maria Villalva de Moraes (MDB), segue em prisão domiciliar. Outro que pode ter a liberdade decretada é o ex-secretário de Educação e Administração, Helder Botelho.

Mensalinho

O caso "Mensalinho" foi desarticulado pelo Ministério Público e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em 26 de novembro de 2018.

A investigação do Gaeco e do MPE apontou que para ter apoio político, Ruso pagava valores mensais ao grupo que variavam entre R$ 1,5 mil e R$ 3,5 mil. O esquema acontecia há mais de um ano. Indicação de cargos na Secretaria de Educação, pelos vereadores acusados, também fazia parte do "acordo" e quem cuidava da nomeação era o então secretário de Educação, Helder Botelho. Os parlamentares ainda teriam barrado uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que averiguava denúncias de irregularidades na Saúde.