Os vereadores de Campo Grande possuem pensamentos diferentes diante de diversos assuntos discutidos durante as sessões ordinárias, mas um assunto faz com que os parlamentares entrem em consenso, quando o tema é a redução do próprio salário.
A proposta de redução de salário dos vereadores da Capital, que deve ser protocolada com a assinatura da população nos próximos dias na Casa de Leis não é recusado diretamente, mas é justificado pelos parlamentares. O presidente interino da Câmara Municipal, Flávio César (PT do B) diz que concorda com a redução, desde que ela seja feita nos órgãos mais fortes como Senado Federal e Câmara dos Deputados.
"O projeto ainda não está na casa, mas precisamos esclarecer alguns pontos porque o salário que recebemos não é definido pelo vereador e sim pela Constituição Federal, com base no salário do deputado estadual. Eu vejo a necessidade do assunto ser debatido no Senado Federal e assim por diante", diz o vereador.
Flavio ressalta que o valor estabelecido, R$ R$ 15.031,00 por mês, leva em consideração que um parlamentar trabalha 24 horas por dia, já que se dedicam ao mandato parlamentar, atendendo a população em diversas regiões.
"Um parlamentar ele trabalha 24 horas porque atende nos bairros, atende no gabinete, não trabalhamos apenas quando estamos nas sessões ordinárias e isso consome tempo integral como é o meu caso. Existem parlamentares que são médicos ou ocupam outras funções, mas no meu caso, eu dedico minha vida ao trabalho parlamentar e agora também estou a frente da presidência agora".
Além disso, o vereador ressalta que o salário de um vereador da Capital não pode ser comparado com o salário de um vereador do interior, já que a população do interior é inferior a da Capital.
"Não podemos comparar o salário do vereador do interior com o da Capital, aqui a população é muito maior e temos três sessões, diferentes de algumas cidades que as vezes tem uma sessão e no período da noite, deixando o parlamentar livre para se dedicar a uma profissão durante o dia", afirma Flávio.
O efeito cascara foi defendido também pelo vereador Chocolate (PP por liminar), Chiquinho Telles (PSD) e Eduardo Romero (PT do B).