Na última sexta feira (10), o secretário estadual de obras Edson Giroto em entrevista coletiva causou polêmica por meio de sua declaração a respeito da postura do vereador Jamal Salem (PR) diante da possibilidade da sua adesão à base aliada do prefeito Alcides Bernal (PP). Ambos, Jamal e Giroto, são do mesmo partido. Na ocasião, Giroto afirmou que ele mesmo pediria a expulsão do vereador, caso contrariasse a decisão do Partido da República em manter a oposição ao Chefe do Executivo.
Em entrevista ao TopMídia News, Paulo Siufi (PMDB) pontuou a declaração de Giroto. “Acredito que a política não se faz com radicalismo, não se faz com ameaças. Isso ficou lá atrás, na época do coronelismo”, afirmou.
Para o vereador que se mantém na oposição ao prefeito da Capital, Giroto foi infeliz na declaração à imprensa. “Não aconteceu em boa hora, isso é muito ruim e não cheira bem”, definiu.
Paulo Siufi, ex-correligionário de Edson Giroto (já que este era PR, disputou as eleições municipais de Campo Grande pelo PMDB e voltou ao PR), não há diferença entre a situação de Jamal e a do próprio secretário de obras de MS. “Ele não está em posição de questionar a postura de ninguém, já que também trocou de partido de acordo com seus interesses. Mas deixo claro que estou expondo a minha opinião, pois essa é uma briga deles.”
Questionado acerca da imagem que Giroto apresenta dentro do partido, Paulo Siufi acrescenta: “Ele tem sido um bom secretário de obras do Estado de Mato Grosso do Sul, trabalha bastante, mas é óbvio que o que ele disse não pegou bem. A gente percebe a repercussão nas redes sociais”.
Cabe destacar que o vereador republicano comentou em declaração à imprensa que Giroto teria manipulado pesquisa para intenção de voto na época das eleições à prefeitura da Capital e acabou escolhido pelo PMDB para ser o candidato da sigla. Na ocasião o nome mais cotado para representar o partido era Paulo Siufi (presidente da Câmara Municipal).