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Política

14/10/2019 15:11

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Funcionária fantasma, esposa de vereador faturou R$ 21 mil 'sem saber'

Ela teria recebido R$ 21 mil por nomeação que durou dez meses, mas sem nunca ter trabalhado, diz o MPE

Esposa do vereador Cazuza (PP), a coordenadora pedagógica Ilcemara Lopes Moraes de Oliveira é suspeita de ter sido “funcionária fantasma” da prefeitura de Campo Grande. Ela teria recebido R$ 21 mil por nomeação que durou dez meses, mas sem nunca ter pisado no paço municipal.

De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), Ilcemara foi nomeada no dia 03 de maio de 2017 no cargo em comissão de Gestor de Processo na Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais. Ela recebeu salários de aproximadamente R$ 2 mil regularmente até o dia 02 de março de 2018, quando a nomeação foi anulada.

Apesar de estar lotada na prefeitura, a esposa do vereador cumpria expediente de 44 horas semanais em um colégio particular na função de coordenadora pedagógica. Em depoimento ao Ministério Público, ela alegou que não sabia da nomeação, que nunca foi procurada pela prefeitura antes e só descobriu quando foi chamada pelo RH para devolver o valor de R$ 21.396,80.

O MPE revela que teve acesso a documentos assinados pela coordenadora no dia da nomeação, além de laudo de inspeção médica para ingresso no serviço público, mas Ilcemara garante que não sabia quando teria assinado tais documentos. Também que, apesar de não ter percebido que recebeu os valores, devolveu o dinheiro integralmente para o município.

Apesar disso, o juiz David de Oliveira Gomes Filho entendeu que o caso merece apuração mais rigorosa e aceitou denúncia do MPE contra ela e contra os responsáveis pela nomeação: o Superintendente de Gestão Administrativa Francisco César Antônio e o Secretário Municipal de Governo e Relações Institucionais, Antônio Cézar Lacerda Alves.

Da parte da prefeitura, o secretário alega que “ocorrem outros casos em que a pessoa é nomeada, começa a trabalhar e somente depois apresenta os documentos necessários para a nomeação” e que “no caso de Ilcemara houve um erro, razão pela qual solicitou a abertura de sindicância para apuração, mas que não sabe se realmente foi aberta”.

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