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VAI 'ENDIREITAR?'

Futuro partido de Bolsonaro, PMB disputou eleição em Campo Grande e hoje está falido em MS

Legenda foi desativada em 2019 e conta com cerca de 200 filiados

11 março 2021 - 19h00Por Thiago de Souza

O Partido da Mulher Brasileira, o PMB, que pode ser o destino do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), está desativado em Mato Grosso do Sul. A legenda chegou a disputar as eleições municipais de Campo Grande em 2016. 

Conforme o ex-presidente da sigla em MS, Dorival Betini, 56 anos, a deputada estadual Mara Caseiro, PSDB, foi a primeira presidente estadual da legenda, que hoje deve ter cerca de 200 filiados.  

Disputas

Betini lembra que Pedro Pedrossian Filho, herdeiro do ex-governador Pedro Pedrossian, disputou a prefeitura de Campo Grande, em 2016, na eleição vencida por Marquinhos Trad, do PSD. No entanto, o PMB não durou muito em MS.

Ainda segundo o Dorival, nas últimas eleições gerais, em 2018, ele disputou o Senado Federal, inclusive sofreu uma disputa ferrenha com Soraya Thronicke, em razão do uso do nome do presidente Bolsonaro. Na ocasião, os vencedores foram Nelson Trad Filho, PSD, e Soraya Thronicke, do PSL. 

‘’Também lancei uma mulher candidata [Marilea Elias] à deputada federal e uma chapa de candidatos a deputados estaduais’’, recordou o ex-dirigente. ‘’Eu tinha passado a presidência para a Marilea... mas venceu o prazo ela não quis tocar mais’’, contou Betini. O PMB em MS fechou em meados de 2019, acrescentou. 

‘’O partido não recebia fundo partidário, então para tocar um partido aqui, custa cerca de dez mil reais por mês... precisa ter uma estrutura, então ele está desativado’’, detalha Dorival, que hoje ocupa cargo na Secretaria de Saúde, em função do apoio a Reinaldo Azambuja nas eleições. 

                                                                                      PMB pode 'endireitar' com chegada de Bolsonaro

Origem

O PMB nasceu, originalmente, para a defesa das mulheres e tem viés de esquerda. A situação pode mudar caso Bolsonaro migre para a legenda, com a condição de ter o domínio total do partido e evitar os problemas que enfrentou no PSL. Se isso se concretizar, o PMB pode mudar o nome, sendo ‘’Partido Militar Brasileiro’’ um dos nomes cogitados.  

Questionado se manteria sua filiação no PMB, caso Bolsonaro chegue, Betini diz que não.

‘’A não ser que o partido apoie o governo Reinaldo Azambuja’’, declarou o ex-dirigente.