O coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), promotor Marcos Alex de Oliveira, deve finalizar nesta semana o relatório final sobre a Operação Coffee Break. Ao todo mais de 18 pessoas foram ouvidas como testemunhas ou como investigadas.
Segundo a assessoria de imprensa do Gaeco, o relatório final será encaminhado para o presidente da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público Estadual, Humberto Brittes.
A partir de então, o MPE, se assim entender, encaminha denúncia para o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), no caso para o desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, que deverá informar se acata ou não a denúncia.
Investigação
A Coffee Break foi deflagrada no dia 25 de agosto. Na data, após pedido do MPE ao TJ-MS, o Gaeco cumpriu mandado de condução coercitiva; 13 pessoas foram detidas e ouvidas pelos promotores. Na lista estavam vereadores, ex-vereador e megaempresários de Campo Grande, no caso, João Amorim.
No mesmo dia, o então prefeito Gilmar Olarte, do PP por liminar, e o ex-presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar, do PMDB, foram afastados das suas funções e impedidos de entrarem em prédio públicos. Somente Gilmar Olarte se mantém afastado; Mario Cesar renunciou ao comando da Casa de Leis e retomou o cargo como vereador por Campo Grande.
Olarte e o empresário João Amorim chegaram a ter prisão temporária decretada pelo desembargador Bonassini, por supostamente tentar atrapalhar as investigações durante a operação. Além dos empresários e Olarte, outros vereadores tiveram os aparelhos celulares apreendidos e acabaram periciados pela Instituto de Criminalística.
A Operação Coffee Break investiga possível compra de votos de vereadores e oferecimento de vantagens, que resultou na cassação de prefeito Alcides Bernal do PP, em março de 2014.