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Política

12/09/2015 15:01

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Gaeco: maioria diz conhecer Amorim, mas nega esquema para derrubar Bernal

Balanço

As investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do MPE (Ministério Público Estadual), encerrou a semana com depoentes, alguns ilustres no cenário político, como o ex-governador André Puccinelli, do PMDB, declarando não ter envolvimento com o principal investigado da Polícia Federal, na Lama Asfáltica, empreiteiro João Amorim.

Na última quarta-feira (9), duas pessoas foram ouvidas pelo coordenador do Gaeco, o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, que colhe depoimento para a Operação Coffee Break, que investiga suposta compra de votos para a cassação de Alcides Bernal (PP), em março do ano passado.  O primeiro foi o genro do prefeito afastado Gilmar Olarte, PP por liminar, Daniel Elias Daige, que esteve acompanhando do advogado de Olarte, Jail Azambuja, que prestou depoimento e deixou o local sem ser notado pela imprensa, após entrar na sede do Gaeco por uma entrada não autorizada.

O caso causou um mal-estar. A assessoria do Gaeco correu e rapidamente negou que tivesse havido qualquer privilégio a Daniel e a entrada por onde o genro de Olarte passou foi fechada no dia seguinte pelos agentes.

Ainda no mesmo dia, o responsável por duas denúncias contra Alcides Bernal (PP), entre elas a que levou a cassação do prefeito em 2014, Luiz Pedro Guimarães também foi ouvido. Ele confirmou que dava conselhos a Olarte sobre a administração municipal uma vez que são amigos de longa data e que conhece todos os envolvidos na Operação Lama Asfáltica. Luiz Pedro ainda disse que tem problemas 'políticos' com o atual prefeito, justamente, por Bernal retirar o partido do seu comando.

Na quinta-feira (10), três pessoas passaram pelo Gaeco.  A primeira foi a ex-vereadora e ex-secretária municipal de Cultura, na gestão Olarte, Juliana Zorzo, que chegou ao local afirmando que não obteve vantagens após votar pela cassação de Bernal, mesmo tendo assumido a Fundac, após a queda de Bernal. A ex-parlamentar ainda disse que não conhecia João Amorim.

Logo depois, foi a vereadora Carla Stephanini, do PMDB, que chegou nervosa à sede do Gaeco e ficou em silêncio após ser questionada se conhecia João Amorim. Porém, negou que o empresário teria ligado ou entrado em contato com ela. Sobre se houve compra de votos a vereadora declarou: “Não há nada sobre essa suposta vantagem obtida na cassação de Bernal, agimos com critérios”.

À tarde foi o empresário, dono do site Midiamax, Carlos Eduardo Naegele, que prestou depoimento, sendo um dos mais longos, ao ser ouvido. Na saída, o empresário afirmou que vinha denunciando o esquema há tempos, por meio do seu veículo de comunicação e negou envolvimento no caso.

No outro dia, na sexta-feira (11), o primeiro a depor foi o ex-governador André Puccinelli, do PMDB. O político negou qualquer ligação com a queda ou 'ressurreição' de Bernal ao comando da prefeitura. E aproveitou o momento para disparar contra Olarte. "Esperássemos que  fosse melhor, mas ele foi pior", comentou. O ex-Chefe da administração estadual ainda lembrou que abriu as contas pessoais e fiscais e colocou a disposição da Justiça desde o ano de 1997.

Por fim, foi o ex-vereador Cristovão Silveira, que disse ao sair do Gaeco que foi prestar esclarecimento sobre algumas 'amizades'. Ao ser questionado sobre quais seriam essas amizades, ele desconversou e disse que era 'por Campo Grande'. Antes de deixar a sede do Gaeco, ele foi indagado sobre o fato de aparecer em escutas realizada pela Polícia Federal tentando marcar um encontro com Elza, braço direto de Amorim. Ele disse que as conversas não 'significaria nada'.

A braço-direito de João Amorim, Elza Amaral, era esperada, mas já havia apresentado um atestado de 15 dias e por enquanto, não tem data prevista para falar com o  Marcos Alex. Outra que foi ouvida, foi a vice-governadora Rose Modesto, do PSDB, em que o promotor foi à sede da Sesusp para ouvi-la.

Segundo a assessoria de imprensa do Gaeco, até o momento, não está previsto novos depoimento para a semana que começa. O promotor deverá analisar alguns documentos para que possa mais tarde, dar continuidade no colhimento de novos depoimentos. 

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