O deputado federal e presidente do PL-MS, Rodolfo Nogueira, que se elegeu em 2022 com apelido "gordinho do Bolsonaro", se juntou ao deputado de Minas Gerais, Nikolas Ferreira (PL-MG), apelidado [por opositores] como "Nicolas chupetinha" para comemorar o protocolo do pedido de CPI do MST.
Os deputados bolsonaristas que integram bancadas ruralistas, da bala e evangélica, se uniram e conseguiram 172 assinaturas para protocolar o pedido de CPI. Porém, A decisão de instalar a CPI do MST está nas mãos do presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL).
Mesmo sem a instauração oficial da CPI, Rodolfo Nogueira, já canta vitória e diz que o momento é de comemoração. “A primeira vitória foi protocolar a CPI do MST. Vamos investigar quem são os responsáveis pelas invasões de terras no Brasil”, declarou Rodolfo aos seguidores.
Ele também divulgou aos eleitores sobre o pedido de instalação da CPMI dos Atos Antidemocráticos, de 8 de janeiro, em Brasília e sobre o pedido da oposição de tirar prerrogativas de financiamento do BNDES para países da América Latina através da apresentação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição).
“Essa PEC vai impedir que o nosso dinheiro seja destinado a países que empobreceram devido a regimes ditatoriais, regime esse que o atual presidente defende”, explicou Rodolfo. Para ser aprovada a PEC precisa de 308 votos.
No caso da CPMI, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deve seguir o regimento interno da Casa, e ler o documento em sessão conjunta da Câmara e do Senado para que o colegiado possa funcionar. Ele não fez isso ainda e disse que nos próximos dias irá analisar o documento. "Estou atento também à questão da CPMI que foi apresentada, com as assinaturas já suficientes, e espero, nos próximos dias, ter já a designação e a realização dessa sessão do Congresso Nacional, para se garantir inclusive o direito da minoria em relação à questão da CPMI", afirmou o presidente do Senado.
Curiosidade é que Rodolfo Nogueira nunca mais usou o nome que se elegeu (leia mais aqui)
Nikolas Ferreira
O deputado sul-mato-grossense resolveu se unir ao deputado de Minas Gerais, Nikolas Ferreira. Ambos bolsonaristas, porém Nikolas é conhecido por tentar lacrar tiradas nas redes sociais emplacando polêmicas.
A mais recente foi o ataque a pessoas trans e gays no Dia Internacional das Mulheres, onde ele colocou uma peruca na cabeça e usou a tribuna.
O Conselho de Ética da Câmara foi acionado por diferentes parlamentares e ele se tornou alvo de uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal. Além disso, Ferreira entrou na mira do Ministério Público Federal acusado de discurso transfóbico e misógino dentro da Casa de Leis.