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Política

Guardas Municipais denunciam abusos e cobram exoneração de comandante

22 março 2016 - 18h22Por Rodson Willyams

Representantes da Guarda Municipal utilizaram a tribunal da Câmara Municipal para ressaltar que não querem ser coordenados pelo atual Comandante da Guarda Civil Municipal, Marcos César Hobel Escanaichi.

O motivo seria que o comandante foi condenado em Processo Penal Militar, após ser acusado pelo delito de inobservância de lei, quando ainda atuava na Polícia Militar de Aparecida do Taboado, interior de Mato Grosso do Sul. A matéria foi denunciada pelo TopMídiaNews, em novembro de 2015.

"Não temos como ficar com ele, não temos garantias. A Lei é horizontal e serve para todos", disparou o guarda municipal, Nelson Benitez, que afirmou que a classe não concorda com o comando do Marcos César. O mesmo ainda denuncia abuso contra os servidores que são desrespeitados dentro do próprio local de trabalho. Muitos seriam obrigados a prestar continência até para pegar uma 'simples marmita'.

Segundo o guarda municipal, a situação é de extrema humilhação. "Nós não temos planos de trabalho. Tem um ônibus do Projeto Crack, avaliado em R$ 750 mil está sendo usado como banheiro lá na Cidade de Deus. Enquanto para nós, somos obrigados a usar aquelas cabines podres. Então, nós viemos aqui cobrar medidas como um ato de desespero para que nós possamos sejamos respeitados e que o município nos dê uma reposta", disse.

O vereador Otávio Trad, do PTB, disse que uma audiência está programada para acontecer no dia 13 de abril, na Câmara. Segundo ele, o representante será chamado para dar explicações. De qualquer forma, partes dos vereadores querem que o comandante deixe a prefeitura por possuiu uma condenação. "Ele está infringido a Lei da Filha Limpa", disse o vereador Paulo Siufi, do PMDB.

O caso

Marcos César Hobel Escanaichi, Comandante da Guarda Civil Municipal de Campo Grande, foi condenado em Processo Penal Militar, após ser acusado pelo delito de inobservância de lei, quando ainda atuava na Polícia Militar de Aparecida do Taboado, interior de Mato Grosso do Sul.


O caso ocorreu em 2007, quando Escanaichi foi denunciado por alterar o hodrômetro (medidor de quilometragem) de um veículo oficial em mais de 20 mil quilômetros. Se fosse civil, o atual comandante da Guarda Municipal poderia responder por estelionato, conforme consta nos autos da apelação criminal APR 21427 MS 2008.021427-0, que tramitou no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.


Hoje Major, Escanaichi ainda ocupava o posto de capitão quando foi denunciado ao Comando-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. “No dia 16 de março de 2007, fora instaurado este IPM por determinação do Comandante-Geral da PMMS, em virtude de ter sido informado, através da denúncia de fl. 04, uma alteração em pouco mais de 20.000 (vinte mil) quilômetros, no hodômetro da viatura Ford Fiesta, prefixo 10.940, do 13º BPM localizado na cidade de Aparecida do Taboado/MS”. Essa é a inicial dos autos do processo. Veja a matéria completa aqui.

A vereadora Luiza Ribeiro, do PPS, disse que o Marcos César não tem condenação. "O TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) fez um reconhecimento a qual suspendeu a pena. Por tanto, por mais tenha saído uma condenação, ele cumpriu em regime aberto e não condenação de pena, então, neste caso, eu vejo que ele não se enquadraria nesse caso", finalizou.